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      Prisão na Argentina é pior que Papuda, reclama fugitivo golpista que zombou de Moraes

      Condenados por tentativa de golpe de Estado relatam insalubridade, ameaça de morte na Argentina

      Atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023 (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - Cinco brasileiros condenados pelos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e atualmente detidos na Argentina, afirmam estar sendo vítimas de maus-tratos e de violações aos direitos humanos nas prisões do país vizinho. As denúncias foram reveladas em reportagem publicada pelo UOL, que ouviu um dos presos, o motoqueiro Wellington Luiz Firmino, de 35 anos, condenado a 17 anos de prisão pela tentativa de golpe de Estado.

      Segundo os relatos, as condições de detenção incluem celas sem estrutura sanitária adequada, alimentação insuficiente, falta de higiene, ameaças de outros detentos e ausência de cuidados médicos. Todos os cinco brasileiros estão com pedidos de extradição emitidos pelo Brasil e, ao mesmo tempo, solicitam refúgio na Argentina. A Justiça argentina deverá julgar os pedidos ainda neste mês. Até o momento, o governo do presidente Javier Milei e o Judiciário do país não se manifestaram sobre as acusações.

      Wellington Firmino, que está preso no Complexo Penitenciário de Ezeiza, na região metropolitana de Buenos Aires, conversou com o UOL por telefone no fim de março. Ele relatou que passou os primeiros 49 dias de sua prisão em uma carceragem na província de Jujuy, no extremo noroeste da Argentina, onde foi detido ao tentar fugir para o Chile junto de outros brasileiros — alguns dos quais conseguiram escapar.

      “Meus 49 dias preso [na carceragem de Jujuy] foram mil vezes piores do que meus 11 meses na Papuda [penitenciária em Brasília]”, comparou Firmino. Segundo ele, “era uma cela solitária, que não tinha banheiro, tinha apenas um buraco no chão e uma canequinha pra tomar banho, um fiozinho d’água que você não tem noção do que era... Pernilongo para todo lado”. Ele definiu o local como “um lugar que não tem o mínimo de direitos humanos”.

      Em 6 de janeiro deste ano, Firmino foi transferido para Ezeiza, onde divide uma cela com outros brasileiros detidos pelo mesmo motivo: Joelton Gusmão, Joel Borges e Rodrigo Ramalho. Apesar de a estrutura atual ser descrita como uma “residência” com dois quartos, sala, cozinha, geladeira e TV, os detentos ainda enfrentam dificuldades, especialmente com relação à saúde.

      Firmino, que sofreu um acidente de moto antes de ser preso e precisou colocar pinos de metal no braço, afirma que seu estado físico piorou desde então. “Estou com o meu braço direito sem força, com dor constante”, relatou, acrescentando que precisa passar por uma cirurgia, mas que a penitenciária não autorizou o atendimento médico.

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