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    Trump e a ameaça às economias latinas: deportações podem causar colapso financeiro em países da região

    Remessas enviadas por imigrantes representam até um quarto do PIB em algumas nações e podem ser drasticamente reduzidas com política de expulsões em massa

    Organização Internacional para as Migrações (OIM) (Foto: Divulgação)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - A promessa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realizar deportações em massa de imigrantes nos Estados Unidos tem potencial para desestabilizar economias inteiras na América Latina e no Caribe. A informação foi destacada em um levantamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que revelou que, somente em 2024, pelo menos US$ 161 bilhões (quase R$ 1 trilhão) foram enviados por trabalhadores latino-americanos no exterior para suas famílias. Países como Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala e Haiti têm entre 20% e 25% do seu PIB oriundo dessas remessas, informa a Folha de S. Paulo.

    A maior parte desse dinheiro chega por meio de trabalhadores que enfrentam jornadas exaustivas e precárias nos EUA, sustentando famílias inteiras que, sem esse suporte, podem mergulhar ainda mais na pobreza. O temor de milhões de imigrantes não é apenas humanitário, mas também econômico. Com a política de deportações em larga escala de Trump, o impacto poderá ser devastador para famílias e para as economias locais. 

    Trabalho duro e salários recordes nos EUA - O BID estima que 27,7 milhões de latino-americanos vivem nos EUA, incluindo aqueles sem documentação regular. Mesmo em empregos precários e com uma alta taxa de sobrequalificação – muitos têm formação superior, mas trabalham em funções subalternas –, a força de trabalho imigrante cresce de forma constante.  

    A taxa de emprego de imigrantes latino-americanos e caribenhos em 2024 foi de 95,2%, bem acima da média de seus países de origem. O salário semanal médio alcançou US$ 891 (mais de R$ 5 mil), o maior dos últimos 18 anos para essa população. Contudo, muitos trabalhadores recebem seus pagamentos em dinheiro e buscam alternativas informais para enviar valores às suas famílias, o que significa que as remessas oficiais podem estar subnotificadas.  

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