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    Veto de Javier Milei ao orçamento gera onda de protestos e paralisação total nas universidades

    Estudantes ocupam faculdades e sindicatos e convocam mobilização nacional em defesa da educação pública

    Presidente da Argentina Javier Milei 7/7/2024 (Foto: REUTERS/Anderson Coelho)

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    C5N- Sindicatos de professores anunciaram, na quarta-feira, uma paralisação em todo o país, enquanto estudantes aderiram ao protesto e ocuparam várias faculdades. "A vontade popular foi defraudada", expressaram em um comunicado.

    O protesto de docentes, funcionários e estudantes se intensifica após a ratificação do veto de Javier Milei ao orçamento, resultando em uma paralisação total nas universidades nacionais. Os sindicatos de professores anunciaram, na quarta-feira, uma paralisação em todo o país, e os estudantes se uniram ao movimento ocupando várias faculdades. "A vontade popular foi defraudada", declararam em comunicado oficial.

    Após o apoio da Câmara dos Deputados ao veto de Milei à Lei de Orçamento Universitário, a Federação Nacional de Docentes Universitários (CONADU), a Federação de Docentes das Universidades (FEDUN), a Confederação dos Trabalhadores da Educação (CTERA), entre outros, emitiram um comunicado de repúdio e convocaram "uma paralisação total na quinta-feira, dia 10, para consolidar o plano de luta em defesa do salário".

    Direto da Universidade de La Plata, a jornalista Mariela López Brown relatou à C5N como segue a ocupação da faculdade e conversou com estudantes. Durante o dia de ontem, ocorreu uma vigília, um protesto com barulho e uma mobilização que reuniu mais de 5 mil pessoas.

    "Ele vai se arrepender de vetar a lei de desfinanciamento universitário, pois está começando a se desatar uma verdadeira rebelião estudantil", afirmou Federico, estudante de Humanidades, acrescentando que "não queremos depositar nossas expectativas em quem traiu a educação pública; é nossa geração que deve defender e enfrentar este governo".

    Em sintonia, seu colega Matías destacou que "o único que ele conseguiu foi despertar o movimento estudantil, que é uma força enorme e, se se unir com os trabalhadores, pode enfrentar todo o plano de ajuste". "Sabemos que ele aprova as leis com os piores métodos da casta, comprando os votos dos deputados de diferentes blocos, e foi por apenas três votos que esta lei nefasta passou", finalizou.

    O Conselho Interuniversitário Nacional (CIN) também emitiu um comunicado expressando repúdio à "postura de deputadas e deputados nacionais que viraram as costas para nossas universidades públicas ao apoiar seu desfinanciamento". Segundo o CIN, "eles privilegiaram seu metro quadrado, seus pequenos argumentos, sua visão curta e egoísta", e enfatizaram que "não vamos permitir que se destrua".

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