Como a mídia corporativa se une ao fascismo para politizar a catástrofe no RS pelo viés da omissão
'A imprensa tradicional e a extrema-direita distorcem a realidade para atrasar socorro e culpar o presidente Lula', escreve o colunista Tiago Barbosa
O jogo do cinismo para emoldurar a tragédia no Rio Grande do Sul entrelaça mídia e extremismo.
A mídia corporativa condena a "politização" do desastre para esconder a omissão da direita.
Dramatiza ao máximo danos e resgates para evitar cobranças sobre a letargia da direita.
Classifica de populismo fiscal o socorro às vítimas para insinuar irresponsabilidade de Lula e proteger o mercado.
Normaliza as ações de Lula para esconder protagonismo e impedir ganho de popularidade.
Atribui ações do governo Lula a subordinados para afastar a associação positiva (quem faz é "a Fab", "o Exército"...).
Amplifica a influência climática para normalizar a inércia da direita frente à força da natureza.
A extrema-direita fabrica fake news em série para culpabilizar Lula pelo desastre.
Distorce a realidade para atrasar socorro e colocar vítimas nas costas do presidente.
Monetiza a dor e o sofrimento através do pix para faturar de forma cretina.
Faz da tragédia trampolim para promover a (falsa) imagem de heroísmo de uma direita omissa e culpada.
Atribui a fatores místicos (castigo divino), para se eximir de culpa, ampliar preconceito e fazer proselitismo religioso.
São espectros complementares unidos para fazer exatamente o que fingem condenar: politizar o desastre pelo viés da omissão, blindar os culpados e manter intactos interesses particulares.
É a tragédia da hipocrisia no ventre do desastre climático.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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