Alexandre Silveira aponta benefícios da nova mistura da gasolina: custo menor e mais segurança energética
Nova mistura com 30% de etanol pode aliviar a inflação, reduzir emissões e eliminar dependência de importações de gasolina
247 – O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (17) que a adoção do E30, que consiste na mistura de 30% de etanol anidro à gasolina, tem potencial para reduzir o preço do combustível para o consumidor e eliminar a necessidade de importação de gasolina pelo Brasil. A declaração foi feita durante a apresentação dos resultados dos testes realizados pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), que comprovaram a viabilidade técnica do novo combustível.
De acordo com os estudos, a introdução do E30 pode gerar uma redução de até R$ 0,13 por litro de gasolina. Esse impacto deve contribuir para o controle da inflação e para a estabilidade do mercado de combustíveis no país. “Estamos dando mais um passo para transformar a lei do Combustível do Futuro em realidade. O E30 não apenas reduz o custo para o consumidor, mas fortalece a economia e a segurança energética do Brasil”, destacou Silveira.
Menos importação, mais investimentos no setor
A ampliação da mistura de etanol anidro na gasolina deve evitar a importação de 760 milhões de litros de gasolina por ano, fortalecendo a produção nacional de biocombustíveis. Segundo o ministro, isso também impulsionará a demanda por etanol em aproximadamente 1,5 bilhão de litros anuais, resultando em um investimento estimado em R$ 9 bilhões no setor sucroenergético.
Além da questão econômica, a mudança tem um impacto significativo na sustentabilidade. A substituição parcial da gasolina por etanol deve reduzir as emissões de gases de efeito estufa em cerca de 1,7 milhão de toneladas por ano, o equivalente à retirada de aproximadamente 720 mil veículos das ruas no mesmo período.
“A transição para o E30 tornará o Brasil menos vulnerável às oscilações do mercado internacional de combustíveis. O preço da gasolina passará a ser determinado pela competitividade interna, e não pelo preço de paridade de importação”, afirmou o ministro.
Viabilidade técnica e próximos passos
Os testes do Instituto Mauá de Tecnologia foram acompanhados por diversas entidades do setor automotivo, incluindo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas e Bicicletas (Abraciclo) e a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa).
A viabilidade técnica do E30 abre caminho para a implementação da nova mistura dentro do escopo da Lei do Combustível do Futuro (Lei 14.993/24), que estabelece diretrizes para a modernização da matriz energética e descarbonização do setor de transportes. A legislação permite a ampliação da mistura de etanol na gasolina para até 35%, desde que comprovada sua viabilidade técnica.
Com a validação dos testes, a proposta de ampliação da mistura para 30% será encaminhada ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) ainda este ano. Caso aprovada, a nova composição poderá entrar em vigor nos próximos meses, consolidando o Brasil como referência na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.
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