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    Brasil levará meta climática ambiciosa à COP29, no Azerbaijão

    Delegação chefiada pelo vice-presidente Alckmin prometerá reduzir emissões em 67% até 2035

    O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, chefe da delegação brasileira na COP29, vai entregar a nova meta na conferência do clima da ONU que acontece em Baku, no Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro (Foto: Ricardo Stuckert)

    247 – O Brasil se prepara para apresentar uma nova e ambiciosa meta climática durante a COP29, que será realizada de 11 a 22 de novembro em Baku, Azerbaijão. A delegação brasileira será liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que entregará à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) a mais recente Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do país. Essa meta inclui a promessa de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035, em comparação aos níveis de 2005.

    Esse compromisso significativo, alinhado ao objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, representa um marco na busca por um modelo de desenvolvimento mais sustentável. A meta, que poderá reduzir as emissões a um patamar entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente em 2035, é vista como uma etapa essencial rumo à neutralidade climática projetada para 2050.

    O processo de revisão da NDC foi realizado com base em análises detalhadas dos cenários de emissões do Brasil e reflete um aumento de ambição em relação aos compromissos anteriores. Em relação à meta estabelecida para 2030, a nova proposta representa um salto de 13% a 29% em termos de redução de emissões absolutas, consolidando a posição do Brasil como um dos protagonistas na luta contra a mudança climática.

    A estratégia de implementação da nova NDC está apoiada no Plano Clima, que direcionará as ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas até 2035. O plano inclui sete eixos de mitigação e 16 de adaptação, com políticas setoriais específicas para cada um deles. Entre os instrumentos econômicos que sustentam essa nova abordagem, destacam-se o Fundo Clima, os Títulos Soberanos Sustentáveis, o programa Eco Invest Brasil e a Taxonomia Sustentável Brasileira.

    A redução do desmatamento tem sido um dos pilares do esforço brasileiro para atingir suas metas. Dados recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que a taxa de desmatamento na Amazônia foi de 6.288 km² entre agosto de 2023 e julho de 2024, marcando uma queda de 30,63% em relação ao período anterior — a maior redução percentual em 15 anos. No Cerrado, o desmatamento foi de 8.174 km², menor taxa registrada desde 2019 e uma queda de 25,7% em relação ao período anterior.

    Essas conquistas representam uma significativa contribuição na redução das emissões de CO₂, evitando a liberação de 400,8 milhões de toneladas de gases de efeito estufa nos dois primeiros anos do atual governo. O governo federal tem trabalhado de forma integrada em iniciativas como o Plano ABC+, o Plano Combustível do Futuro e o Plano de Transição Energética, que, juntamente com programas como o Planaveg e o Programa Florestas Produtivas, compõem um robusto conjunto de ações para consolidar um desenvolvimento sustentável e de baixo carbono.

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