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    Brasil propõe recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas na COP29

    Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas foi destaque em Baku

    Estande do Brasil na COP29 (Foto: Cadu Gomes / VPR)

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    247 – Representando o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o assessor especial do ministro Carlos Fávaro, Carlos Ernesto Augustin, participou nesta segunda-feira (18) do painel “Transição de um sistema alimentar saudável, sustentável e justo: oportunidades econômicas”, realizado durante a COP 29, em Baku, no Azerbaijão. A conferência, que reúne líderes globais para discutir ações contra as mudanças climáticas, segue até o próximo dia 22. As informações foram reportadas originalmente pela equipe do Mapa.

    Durante sua participação, Augustin apresentou detalhes do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas (PNCPD), uma das principais estratégias do Brasil para enfrentar os desafios ambientais. Criado em dezembro de 2023, por meio do Decreto 11.815/2023, o PNCPD tem como objetivo restaurar e utilizar de forma sustentável cerca de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas. Essa recuperação é vista como um passo essencial para impulsionar a produção agropecuária sem recorrer ao desmatamento, promovendo práticas agrícolas que colaboram para a redução da emissão de carbono.

    “O Brasil está comprometido com a sustentabilidade e a inovação no setor agrícola. Nosso programa de conversão de pastagens degradadas é um exemplo de como podemos crescer sem destruir”, afirmou Augustin, reforçando a postura do país em adotar um modelo de produção que equilibra desenvolvimento econômico e responsabilidade ambiental.

    Entre as principais ações do PNCPD estão a adoção de tecnologias sustentáveis, o mapeamento de áreas prioritárias para fomentar cadeias produtivas regionais e o financiamento a produtores rurais que aderirem às práticas propostas. Augustin destacou que o Brasil reúne as condições necessárias para a implementação bem-sucedida do programa: “Temos produtores visionários, tecnologias de ponta e condições de crédito vantajosas que incentivam a adesão a práticas mais sustentáveis.”

    Além de ressaltar as vantagens econômicas e ambientais, o representante do Mapa apontou que a recuperação das pastagens degradadas pode fortalecer a posição do Brasil como uma potência agrícola sustentável, capaz de alimentar o mundo e, ao mesmo tempo, manter a integridade de seus biomas. Essa abordagem também busca atrair investidores internacionais, interessados em apoiar projetos que unem rentabilidade e responsabilidade socioambiental.

    O que é o programa?

    O PNCPD, lançado em dezembro de 2023, visa coordenar políticas públicas que transformem pastagens degradadas em sistemas produtivos sustentáveis. Entre as iniciativas previstas estão a manutenção de tecnologias verdes, a criação de planos de negócios que considerem a aptidão territorial e a promoção de práticas que respeitem as particularidades ecológicas de cada região.

    As medidas incluem ainda o suporte financeiro aos produtores, permitindo que eles tenham acesso a recursos e técnicas que favoreçam uma transição mais verde e eficiente. O programa também prevê a colaboração entre diferentes setores para maximizar os benefícios econômicos e sociais, especialmente em áreas onde a recuperação de pastagens pode impulsionar a economia local.

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