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    Maranhão terá a primeira escola de tempo integral em território quilombola do Brasil

    O projeto será construído em diálogo com as comunidades locais, garantindo que os cursos oferecidos atendam às suas demandas reais e respeitem sua cultura

    Carlos Brandão e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

    247 - No último dia 19, o Brasil deu um passo histórico com a assinatura da ordem de serviço para a construção do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) Quilombola, que será localizado no Povoado Oitiua, em Alcântara (MA). O evento contou com a presença do presidente Lula (PT), do governador do Maranhão Carlos Brandão (PSB), e da diretora-geral do IEMA, Cricielle Muniz.

    "Como mulher preta e diretora-geral do IEMA, é uma alegria imensa estar aqui em Alcântara, ao lado do presidente Lula e do governador Carlos Brandão, para celebrar este momento histórico que marca a assinatura da ordem de serviço do IEMA Pleno Quilombola. Estamos falando da primeira escola de tempo integral dentro de um quilombo, um instituto de excelência educacional que oferece infinitas oportunidades para os jovens quilombolas", declarou Cricielle, emocionada. Ela destacou a importância do IEMA como um espaço que proporcionará educação integral e tecnológica, com cursos de robótica, intercâmbios internacionais e participação em olimpíadas científicas.

    A criação do IEMA Quilombola no Povoado Oitiua representa muito mais do que uma iniciativa educacional. É um marco de transformação social, fortalecendo a luta pela preservação da memória e da cultura das 122 comunidades quilombolas da região.

    O governador Carlos Brandão também celebrou o momento histórico, afirmando que a criação do IEMA Quilombola no Povoado Oitiua representa um marco na educação do estado. "Este é um instituto pensado para atender as necessidades de nossa população quilombola, proporcionando oportunidades de crescimento e inserção no mercado de trabalho", disse Brandão.

    O projeto pedagógico do IEMA Quilombola será construído em diálogo direto com as comunidades locais, garantindo que os cursos oferecidos atendam às suas demandas reais e respeitem suas tradições culturais. Diversas audiências públicas serão realizadas para definir os cursos ofertados na unidade, assegurando a participação ativa das comunidades quilombolas nesse processo. Além disso, o IEMA Quilombola fortalecerá o desenvolvimento social e econômico da região, contribuindo para o empoderamento das novas gerações quilombolas.

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