Setor elétrico anuncia pacote bilionário em 13 projetos de hidrogênio verde
Veja os prazos de execução das propostas, as empresas responsáveis pelos empreendimentos e como é produzido este combustível limpo
247 - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou 13 projetos para a instalação de plantas de hidrogênio verde no Brasil. Foi o primeiro pacote no País focado na produção do insumo, com o objetivo de substituir combustíveis fósseis e reduzir emissões de gases do efeito estufa. O prazo para execução de todas as propostas é de até 48 meses e começa a valer em 2025.
Os projetos totalizam um investimento de R$ 1,486 bilhão, sendo R$ 1,119 bilhão proveniente do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Aneel, financiado por repasses das empresas do setor. Outros R$ 367 milhões serão investidos diretamente pelas empresas, como uma contrapartida de cada projeto. A informação foi publicada na Folha de S.Paulo.
O programa pretende estimular empresas do setor elétrico a produzir hidrogênio, a partir de instalações existentes, seja de fonte hidráulica, eólica, biomassa, solar, nuclear ou térmica. No processo chamado de eletrólise, as moléculas de água são divididas, separando hidrogênio e oxigênio. Em consequência é produzido esse hidrogênio verde, usado na substituição de combustíveis fósseis (óleo, carvão ou gás).
A Petrobras é dona do maior projeto, que é a construção de uma planta piloto para a produção do hidrogênio. A ideia é que o empreendimento seja integrado a uma refinaria de petróleo da empresa, no Rio de Janeiro, para uso do insumo pelo setor petroquímico. São R$ 497 milhões nessa iniciativa, dos quais R$ 259 milhões serão injetados como contrapartida pela empresa.
A Neoenergia, que é dona da Itapebi Geração de Energia, hidrelétrica localizada na divisa da Bahia e Minas Gerais, teve quatro propostas aprovadas que chegam a R$ 569,4 milhões de investimentos em quatro plantas piloto - duas na Bahia, uma em São Paulo e outra em Pernambuco.
Três projetos da China Three Gorges (CTG Brasil), dona da Rio Paraná Energia, também tiveram aprovação. O objetivo é erguer plantas em Mato Grosso do Sul e Pernambuco, além de uma unidade de desenvolvimento de peças, em localidade ainda a definir. Os empreendimentos somam R$ 102,7 milhões.
A Eneva, que atua na extração de gás no Maranhão, será responsável por duas plantas-piloto, em São Paulo e no Ceará, com aporte total de R$ 64,9 milhões. Os outros três projetos aprovados pertencem à Cemig, Eletronorte e Furnas. As propostas totalizam R$ 252 milhões. Os empreendimentos vão ajudar na produção de aço e na siderurgia em geral, com redução do uso do combustível fóssil.
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