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Agentes da 'Abin paralela' falavam em usar espionagem ilegal para "explodir" adversários de Bolsonaro

Esquema de espionagem ilegal monitorou membros dos três poderes, jornalistas escritórios de advocacia e adversários políticos de Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa/PR | Reprodução)

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247 - Documentos que embasaram a quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira (11) pela Polícia Federal (PF) com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades e à produção de notícias falsas contra criticos e opositores do governo Jair Bolsonaro (PL), revelam que os agentes envolvidos no esquema falavam em “explodir” adversários políticos. A operação desta quinta-feira contou com cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a coluna da jornalista Daniela Lima, do g1, o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi um dos alvos da vigilância ilegal feita pelos ex-integrantes da Abin. Além dele, foram monitorados escritórios de advocacia, deputados, senadores e outros adversários políticos ligados à Esplanada dos Ministérios. Nota da Polícia Federal informa que "membros dos três poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos".

Entre os alvos de mandados de prisão, o militar Giancarlos Gomes Rodrigues, que atuava na Abin, foi flagrado discutindo o monitoramento de um advogado próximo a Maia com seu superior: "vou verificar aqui, mas acho que foi no final do ano passado. Eu estava monitorando e o tel [SIC] dele dava várias vezes na área do Bertholdo". Advogado do Paraná, Roberto Bertholdo foi mencionado diversas vezes nas investigações.

Na Abin, Bertholdo era visto como aliado de Maia e da ex-deputada Joice Hasselmann. O delegado da PF Marcelo Bormevet, chefe de Rodrigues e que também foi preso na operação desta quinta-feira, respondeu: "excelente isto, Meu amigo. Vamos ver se conseguimos explodir esse vagabundo que está num DAS-5", referindo-se à sigla de um cargo de confiança no governo.

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