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Delegado da PF que atuou na segurança de Bolsonaro é alvo de operação contra 'Abin paralela'

Marcelo Araújo Bormevet fez parte da equipe de segurança de Jair Bolsonaro durante a campanha de 2018 e chefiou o Centro de Inteligência Nacional da Abin

Fachada da Abin (Foto: Reprodução/Abin)

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247 - Um dos alvos da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira (11) pela Polícia Federal (PF) com o objetivo desarticular organização criminosa voltada ao monitoramento ilegal de autoridades públicas e à produção de notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), é o delegado da PF Marcelo Araújo Bormevet. Integrante da corporação desde 2005, Bormevet fez parte da equipe de segurança de Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha de 2018. A informação do jornal O Globo

Durante sua atuação, Bormevet conquistou a confiança de Bolsonaro e do delegado Alexandre Ramagem, então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e foi nomeado chefe do Centro de Inteligência Nacional (CIN) da Abin. As investigações da PF apontam que essa estrutura foi usada para monitorar ilegalmente adversários e críticos do governo Bolsonaro.

No governo do presidente Lula (PT), Bormevet chegou a ocupar um cargo de confiança como assessor na Subchefia Adjunta de Infraestrutura da Casa Civil. No entanto, ele foi afastado do posto em janeiro por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em abril, a Controladoria-Geral da União (CGU) abriu um processo administrativo disciplinar (PAD) contra ele.

Nesta fase da operação, a PF cumpre cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo. Além de Bormevet, os alvos incluem ex-servidores cedidos para a Abin e influenciadores digitais que atuavam no chamado "gabinete do ódio" do governo Bolsonaro.

As investigações revelaram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, que incluíam a criação de perfis falsos e a divulgação de informações falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

"Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio", informou a PF em nota.

Segundo o jornalista Aguirre Talento, do UOL, entre os alvos de prisão está Mateus Sposito, ex-assessor do Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro, suspeito de integrar o gabinete do ódio. Outro ex-assessor do Palácio do Planalto, José Matheus Sales, foi alvo de busca e apreensão.

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