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    ‘Bilhões de reais em emendas tiveram origem e destino incertos’, afirma Dino

    Ministro do STF libera pagamentos, mas cobra explicações sobre tramitação e execução das verbas

    Ministro Flávio Dino durante a sessão da Primeira Turma do STF (Foto: Gustavo Moreno/SCO/STF)

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    247 - Em decisão proferida nesta segunda-feira (20), o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a retomada do pagamento de emendas parlamentares, mas teceu duras críticas às respostas apresentadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal sobre a identificação dos parlamentares responsáveis pela indicação das verbas. Dino apontou uma grave falta de transparência no processo, afirmando que “bilhões de reais” do orçamento público possuem “origem e destino incertos e não sabidos”, informa O Globo.

    “Cogitando ser verdadeira a reiterada afirmação das advocacias do Senado e da Câmara de que é impossível recompor plenamente o itinerário percorrido para a execução pretérita de parte expressiva das emendas parlamentares, temos a gravíssima situação em que bilhões de reais do Orçamento da Nação tiveram origem e destino incertos e não sabidos”, afirmou o ministro em sua decisão.

    Dino também destacou que considera “pouco crível” a alegação de que a execução de verbas públicas ocorreu sem o devido registro documental. “É pouco crível que a execução de bilhões de reais do dinheiro público tenha se dado sem ofícios, e-mails, planilhas, ou que tais documentos existiram e foram destruídos no âmbito dos Poderes Legislativo ou Executivo”, escreveu.

    O ministro cobrou que informações detalhadas sobre as emendas sejam disponibilizadas em instrumentos de transparência, como o Portal da Transparência, apontando a necessidade de rastreamento completo do itinerário das verbas.

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