"Bloco das crianças trans" na Parada LGBT+ de São Paulo divide opiniões
Enquanto as imagens de crianças trans chocaram direitistas, esquerdistas criticaram a exposição
247 - A Parada LGBT+ de São Paulo, no domingo (2), um evento que arrastou uma multidão às ruas para celebrar suas expressões de sexualidade e gênero, contou com a polêmica presença de crianças e adolescentes trans. Elas, inclusive, foram o abre-alas da Parada do Orgulho.
Rapidamente, influenciadores e políticos da extrema-direita foram ao X condenar o ato. O vereador de São Paulo Rubinho Nunes, por exemplo, chamou a marcha das crianças trans de "criminosa", e prometeu "colocar esses péssimos pais para se explicarem na cadeira dos réus".
Por sua vez, a jornalista Cynara Menezes escreveu em seu X: "Pedir respeito às crianças trans: errado. Fazer um vídeo expondo crianças e chamando elas de ABERRAÇÃO: certo. O MBL é um câncer".
ENTENDA - Cientificamente, a existência de crianças trans é reconhecida e estudada por diversas áreas, incluindo psicologia, psiquiatria, endocrinologia e estudos de gênero. A identidade de gênero é uma experiência profundamente pessoal e complexa, que começa a se formar desde cedo na vida de uma pessoa.
Identidade de gênero é a forma como uma pessoa se identifica internamente e pode ser diferente do sexo atribuído ao nascer. Crianças trans são aquelas que, desde cedo, expressam uma identidade de gênero diferente do sexo que lhes foi atribuído no nascimento.
No entanto, há controvérsias em torno da questão das crianças trans, especialmente em relação a como melhor apoiar essas crianças e as intervenções médicas ou psicológicas apropriadas.
Enquanto muitos profissionais de saúde e estudos acadêmicos apoiam a existência e o reconhecimento da identidade de gênero das crianças trans, alguns críticos questionam se as crianças têm a capacidade de compreender completamente sua identidade de gênero em idades muito jovens.
A utilização de bloqueadores de puberdade e hormônios para adolescentes trans é um ponto de debate. Alguns defensores argumentam que essas intervenções são cruciais para a saúde mental e bem-estar dos jovens trans, permitindo-lhes tempo para explorar sua identidade sem as pressões das mudanças físicas irreversíveis da puberdade. Outros, no entanto, expressam preocupações sobre os efeitos a longo prazo e a capacidade das crianças de tomar decisões informadas sobre tratamentos médicos.
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