Bolsonaristas acreditam mais em risco de nova ditadura que os eleitores de Lula, revela Datafolha
Eleitores do ex-mandatário veem maior possibilidade de nova ditadura, enquanto petistas acreditam mais no risco de golpe após as eleições de 2022
247 - Pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (19) pela Folha de S. Paulo, revela que os eleitores de Jair Bolsonaro (PL) têm mais receio de uma nova ditadura no Brasil do que os eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o levantamento, 45% dos eleitores de Bolsonaro acreditam que o país corre o risco de uma nova ditadura, enquanto esse percentual é de 38% entre os eleitores de Lula. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para os eleitores de Bolsonaro e de três pontos para os de Lula.
A pesquisa também aponta que, entre os bolsonaristas, 24% consideram que a chance de uma ditadura é "muita", enquanto apenas 18% dos eleitores de Lula compartilham dessa visão. Por outro lado, 56% dos eleitores do petista afirmam que não há nenhuma chance de uma nova ditadura, um percentual próximo aos 50% entre os apoiadores de Bolsonaro.
No entanto, quando o assunto é o risco de golpe em 2022, a discrepância entre os grupos é ainda mais pronunciada. Para 48% dos eleitores de Bolsonaro, não houve chance de um golpe militar após as eleições de 2022, enquanto apenas 6% dos eleitores de Lula compartilham dessa opinião. Em contrapartida, 89% dos eleitores de Lula acreditam que o país correu risco de sofrer um golpe, com 69% deles considerando esse risco como grande. Entre os apoiadores de Bolsonaro, 46% reconhecem o risco de golpe, mas apenas 17% o consideram significativo.
A pesquisa também aborda a questão da tentativa de golpe, com uma clara divisão entre os eleitores. Para 84% dos eleitores de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou um golpe para permanecer no poder, enquanto 73% dos eleitores de Bolsonaro discordam dessa afirmação. A diferença é igualmente visível quando se pergunta sobre a possível participação de Bolsonaro em um plano dos militares para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Entre os eleitores de Bolsonaro, 79% acreditam que o ex-mandatário não teve envolvimento, enquanto 69% dos eleitores de Lula afirmam que ele estava envolvido.
A questão da anistia aos manifestantes golpistas do 8 de janeiro, proposta por Bolsonaro, também divide os seus eleitores. Enquanto 45% deles são favoráveis à anistia, 50% se opõem à ideia. Em março deste ano, 53% dos eleitores de Bolsonaro eram contra a medida, e 40% eram favoráveis.
A pesquisa do Datafolha foi realizada entre os dias 12 e 13 de dezembro, com 2.002 entrevistados em 113 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%.
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