Brasil avalia adesão à Iniciativa Cinturão e Rota com cautela diante das eleições nos EUA
Itamaraty quer evitar a percepção de um alinhamento contra Washington
247 - O governo brasileiro formou um grupo de trabalho interministerial para analisar a entrada do país na Iniciativa Cinturão e Rota (BRI) da China, enquanto avalia o impacto dessa adesão nas relações com os Estados Unidos, especialmente se o republicano Donald Trump vencer as eleições presidenciais. A expectativa é que o anúncio seja feito durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Brasil em novembro. No entanto, diplomatas brasileiros têm aconselhado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adiar a formalização até a definição do cenário político nos EUA, para evitar a percepção de um alinhamento contra Washington. As informações são do South China Morning Post.
A possível adesão à BRI é uma oportunidade para impulsionar o comércio e os investimentos chineses no Brasil, mas também traz desafios diplomáticos. Lula manifestou apoio à candidatura da vice-presidente Kamala Harris e, segundo fontes, discutiu a situação com líderes do Congresso brasileiro. O grupo de trabalho, composto por ministros e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, deve se reunir após a Assembleia Geral da ONU para discutir a adesão. O embaixador chinês no Brasil descreveu a iniciativa como uma medida fundamental para fortalecer a cooperação de longo prazo entre os países.
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