Brasil deverá reagir caso a Venezuela declare Celso Amorim 'persona non grata'
Caso a Venezuela siga com a iniciativa, o governo brasileiro pode emitir uma nota de estranhamento ou adotar uma medida de reciprocidade
247 - O cenário diplomático entre Brasil e Venezuela pode estar prestes a mudar, à medida que o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, anunciou a intenção de declarar Celso Amorim, assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), como persona non grata. Essa medida, se aprovada, poderá provocar uma reação do governo brasileiro, que até agora tem mantido uma postura de silêncio em resposta às críticas do governo de Nicolás Maduro, destaca reportagem da CNN Brasil.
O governo brasileiro tem evitado responder às “provocações” que vêm de Caracas. Recentemente, o embaixador venezuelano em Brasília, Manuel Vadell, foi convocado para consultas como uma represália ao papel do Brasil na 16ª Cúpula do BRICS, realizada há uma semana na cidade russa de Kazan, por ter sido responsável pelo veto que impediu a adesão da Venezuela como país parceiro do bloco. Além disso, o governo da Venezuela tem feito duras críticas a Amorim e ao chanceler Mauro Vieira.
Ainda de acordo com a reportagem, interlocutores afirmam que, caso o Legislativo venezuelano siga adiante com a declaração de persona non grata, o governo brasileiro pode optar por emitir uma nota de estranhamento ou adotar uma medida de reciprocidade, convocando a embaixadora brasileira na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, para consultas.
A situação se torna ainda mais complexa se Maduro decidir retirar de vez seu embaixador do Brasil. Nesse caso, o governo Lula seguiria o mesmo caminho, semelhante à ação que tomou com seu representante na Nicarágua.
Atualmente, a avaliação do Planalto é de que as declarações e ações do governo venezuelano refletem uma movimentação política interna, especialmente após Maduro voltar da Cúpula dos BRICS, na Rússia, sem obter a adesão de novos membros ao bloco.
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