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    Brasil e EUA criam Grupo de Trabalho para monitorar voos de deportados, anuncia Itamaraty

    Como parte do acordo, foi estabelecida uma linha direta de comunicação entre os membros do grupo, permitindo o acompanhamento em tempo real de futuros voos

    Brasileiros deportados pelos Estados Unidos (Foto: Reprodução X / Paulo Pimenta)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - O Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília acordaram, nesta quarta-feira (29), a criação de um Grupo de Trabalho conjunto para melhorar a operacionalização dos voos de retorno de brasileiros deportados dos EUA. A iniciativa busca garantir a segurança, o tratamento digno e respeitoso aos passageiros durante as operações de deportação.

    Como parte do acordo, foi estabelecida uma linha direta de comunicação entre os membros do grupo, permitindo o acompanhamento em tempo real dos futuros voos. A medida ocorre em meio à implementação de novas políticas de deportação em massa pela gestão de Donald Trump, reeleito em 2024, que têm gerado preocupação entre as autoridades brasileiras.

    O anúncio do Grupo de Trabalho ocorre poucos dias após o desembarque do primeiro voo de deportados neste ano, que trouxe 88 brasileiros ao país na última sexta-feira (24). A operação foi alvo de críticas devido a relatos de maus-tratos, incluindo o uso de algemas nos pés e nas mãos, problemas na alimentação, falhas técnicas na aeronave e denúncias de agressões verbais por parte de agentes norte-americanos. A Polícia Federal abriu uma investigação preliminar para apurar possíveis abusos.

    Próximo voo em fevereiro - De acordo com informações da Polícia Federal, um novo voo com brasileiros deportados está previsto para o dia 7 de fevereiro. A aeronave partirá do estado da Louisiana, com uma escala programada em Manaus (AM), antes de seguir para Belo Horizonte (MG). O número exato de passageiros ainda não foi divulgado.

    A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, anunciou que o governo federal planeja instalar um posto de acolhimento no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, para recepcionar os brasileiros deportados. O espaço deverá oferecer assistência imediata e apoio psicológico às pessoas que retornam ao Brasil após passarem por situações adversas nos Estados Unidos.

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