247 - Uma criança nascida nos Estados Unidos, filha de pais brasileiros, está entre os 94 deportados que chegaram ao Brasil nesta sexta-feira (21), em um voo que aterrissou no Aeroporto Internacional de Fortaleza. A informação foi confirmada pelo <a href="https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/ceara/crianca-nascida-em-territorio-norte-americano-e-deportada-em-voo-que-chegou-a-fortaleza-nesta-sexta-21-1.3622057">Diário do Nordeste</a> por meio do defensor regional de direitos humanos da Defensoria Pública da União (DPU) no Ceará, Edilson Santana Filho, que destacou a complexidade jurídica do caso.
A criança, que tem cidadania americana por ter nascido em solo dos EUA, não possui documentação brasileira, já que os pais não a registraram no Consulado do Brasil. "Ela não se cadastrou no Consulado, portanto é americana, e acabou ingressando com visto de turista. Isso quer dizer que os Estados Unidos deportaram uma americana para o nosso país", explicou Santana Filho ao Diário do Nordeste.
O caso levanta questões jurídicas e diplomáticas, já que, segundo a 14ª Emenda da Constituição dos EUA, crianças nascidas em território americano têm direito automático à cidadania, independentemente da situação migratória dos pais.
Acolhimento humanizado e separação de famílias - O voo com os repatriados faz parte de uma série de deportações realizadas desde o início da nova gestão de Trump na Casa Branca. Este é o terceiro voo com brasileiros repatriados desde janeiro e o segundo a chegar em Fortaleza. A Secretaria Executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), representada por Janine Mello, coordenou o acolhimento humanizado no Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante (PAAHM), instalado no aeroporto cearense.
Dos 94 passageiros, 13 ficaram em Fortaleza, enquanto os outros 81 seguiram para Belo Horizonte em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O grupo é composto por 75% de homens, além de nove crianças e dois idosos. Cerca de 20% dos repatriados formavam núcleos familiares, mas a separação de familiares durante o processo de deportação tem sido um dos aspectos mais preocupantes.
Compromisso do governo brasileiro - O governo federal, por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, tem reforçado o compromisso de garantir um retorno digno e seguro aos brasileiros repatriados. A ação segue determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ordenou a estruturação de protocolos de acolhimento humanizado em aeroportos como Fortaleza, Belo Horizonte e Manaus.
"O atendimento tem exatamente a intenção de entender as demandas e as particularidades de cada uma das famílias e das pessoas. São casos muito heterogêneos, e precisamos ter cuidado na identificação do perfil geral dessas famílias", explicou Janine Mello.

Guilherme Paladino

Governo Federal recebe voo de repatriados brasileiros vindos dos EUA

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Brasil

Criança americana é deportada para o Brasil em voo com 94 repatriados

247 - Um novo voo com 101 brasileiros deportados dos Estados Unidos chegará a Fortaleza, no Ceará, por volta das 10h30 desta sexta-feira (21), informa a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/novo-voo-com-101-deportados-dos-eua-chega-a-fortaleza-nesta-sexta/">CNN Brasil</a>. A informação foi confirmada pelo governo federal, que ressaltou que a recepção dos deportados será acompanhada por uma equipe do Ministério dos Direitos Humanos (MDH), com foco em garantir um "atendimento humanizado".
Aqueles que precisarem seguir para Belo Horizonte (MG) terão a opção de ser transportados em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB), o que facilita o deslocamento para outros estados. Este será o terceiro voo com deportados que chega ao Brasil em 2025, somando até agora 199 brasileiros repatriados. Nos dois primeiros voos, realizados anteriormente, 88 e 111 brasileiros foram deportados, respectivamente, por estarem em situação de imigração ilegal nos Estados Unidos.
Na chegada do primeiro voo, as autoridades brasileiras foram surpreendidas com a situação dos deportados, com relatos de passageiros algemados e denúncias de abusos e condições precárias durante o processo. O Ministério dos Direitos Humanos afirmou que o Aeroporto Internacional de Fortaleza foi preparado para oferecer estrutura adequada aos deportados, incluindo acesso à água, alimentação, pontos de energia, internet e banheiros.
Além disso, uma equipe de assistentes sociais e psicólogos estará presente para oferecer suporte emocional e psicológico, além de ajudar no encaminhamento de serviços de documentação e regularização migratória para os repatriados.

Otávio Rosso

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Voo com 101 deportados dos EUA chega nesta sexta em Fortaleza

247 - Após passar quatro meses detido nos Estados Unidos, o goiano César Diego Justino foi deportado e desembarcou no Brasil na última sexta-feira (7). Emocionado, ele beijou o chão ao chegar ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. O caso foi reportado pelo g1.
Justino, que é corretor de imóveis, viajou para os Estados Unidos em busca de melhores condições para sua família, mas não conseguiu legalizar sua permanência e acabou sendo deportado. “As coisas estão difíceis. Eu fui para tentar conquistar a vida aqui no Brasil, comprar as nossas casas, dar uma vida melhor para os nossos filhos. Minha esposa estava aqui, deixei eles aqui em Goiás. Então, foi muito difícil”, relatou.
Natural de Jaraguá, no centro de Goiás, ele entrou nos EUA em outubro do ano passado através da fronteira com o México. Ao se entregar às autoridades americanas, deu início a um processo de regularização, mas enfrentou dificuldades devido ao endurecimento das regras para pedidos de asilo. Durante o período de detenção, recebeu uma fiança de US$ 5 mil, mas não conseguiu pagar no prazo estipulado. “Eu fiquei quatro meses e cinco dias detido. Me deram uma fiança de US$ 5 mil para eu poder ficar, mas eu não consegui pagar no prazo. Como não paguei, o juiz decidiu me deportar”, contou.
O corretor de imóveis destacou o sofrimento enfrentado na tentativa de viver nos Estados Unidos e alertou aqueles que pensam em tentar entrar no país de forma ilegal. “Se tiver de ir, vá pela porta da frente. Consiga um visto. E vamos andar certo. Não vamos passar pelo México, é muito perigoso”, aconselhou.
Justino descreveu a experiência como um dos momentos mais difíceis de sua vida. “Passa fome, passa frio. Pensa, se a gente está sozinho em um país distante. Sozinho. É muito triste. Muito triste mesmo”, desabafou.
Agora de volta a Jaraguá, ele pretende retomar a carreira de corretor de imóveis e reconstruir sua vida ao lado da esposa e dos filhos, de 2 e 10 anos.
O voo que trouxe César Justino foi o segundo transporte de deportados brasileiros durante o atual mandato de Donald Trump. A aeronave pousou no Brasil por volta das 21h40 da última sexta-feira (7).

Redação Brasil 247

Homem beija chão brasileiro em aeroporto após ser deportado dos EUA: "passa fome, passa frio"

247 - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recepcionou 113 brasileiros repatriados dos Estados Unidos na tarde desta sexta-feira (7) em Fortaleza (CE). De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, foi garantido o “atendimento humanizado aos cidadãos que retornam ao seu país”. A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou uma aeronave KC-30 para aqueles que desejavam ir para Belo Horizonte (MG).
O voo desta sexta-feira (7/2) é o segundo com repatriados vindos dos EUA. O primeiro aterrissou em Manaus (AM) no dia 24 de janeiro. As pessoas que estavam a bordo desembarcaram algemadas, o que gerou repúdio do governo Lula, que tem como chanceler Mauro Vieira.
Os brasileiros que chegaram à capital amazonense algemados foram recebidos e imediatamente liberados das algemas pela Polícia Federal, por orientação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
Conforme números oficiais, os EUA têm cerca de 45 milhões a 50 milhões de imigrantes. As deportações anunciadas pelo governo Donald Trump devem afetar cerca de 10 milhões a 15 milhões de pessoas no território norte-americano.
No Brasil, o trabalho de recepção aos repatriados é uma equipe do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ministério da Saúde (MS), Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Polícia Federal (PF) e Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Na capital mineira, o MDHC criou um Posto de Acolhimento aos Repatriados para garantir acesso gratuito à internet, carregadores de celular e canais para que possam entrar em contato com familiares e obter orientações sobre serviços públicos de saúde, assistência social e trabalho.
<h2>Mais relatos</h2>
A secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Janine Mello, esteve em Fortaleza para receber os repatriados. “A prioridade do governo federal, junto com o governo estadual, que nos deu apoio em toda essa ação, é garantir que os cidadãos brasileiros que hoje voltam para o Brasil, sua casa, cheguem com segurança ao seu local de residência para reencontrar suas famílias e reconstruir suas vidas”, ressaltou.
“Temos uma estrutura de apoio que garante acesso à água, alimentação, itens de higiene e atendimento médico, caso necessário. O objetivo é oferecer o suporte necessário para garantir um atendimento humanizado a essas pessoas”, afirmou Janine Mello. Em Belo Horizonte, a equipe de acolhimento do MDHC será coordenada pela ministra Macaé Evaristo.
A secretária dos Direitos Humanos do Ceará, Socorro França, destacou que o trabalho do governo federal, em parceria com o estado, otimizou a vinda dos repatriados.
“Correu tudo bem. Não foi fácil recebê-los aqui, porque os homens estavam acorrentados, com algemas, mas, quando desceram do avião, já estavam totalmente livres. No entanto, vieram muito machucados emocionalmente. Pelo relato de todos que estavam nesse voo, sofreram muito”, afirmou.
Amanda Dantas, que atua na gestão da coordenação da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, participou do trabalho de acolhimento no Aeroporto Internacional de Fortaleza.
“A pedido do presidente da República, a Força Nacional do SUS e a Vigilância foram para Fortaleza para realizar uma prestação de assistência humanitária qualificada, focando na urgência e emergência, no acolhimento e nos primeiros cuidados psicológicos. A ideia é que aqueles que estão retornando ao Brasil se sintam acolhidos e abraçados pelo governo federal”, disse.
“Hoje me sinto acolhido. Estou na minha casa. O Brasil abre as portas para todo mundo, e muitos países não fazem isso. O Brasil não tem igual para receber e acolher pessoas. É diferente de todos. Estou feliz”, confessou Reinaldo Silva Santos, ao descrever a emoção de voltar ao seu país.
Natural de Governador Valadares (MG), João Vitor destacou a importância da recepção do governo.
“Tivemos todo o apoio. Há médicos aqui, produtos de higiene. Ficamos dias sem acesso a produtos básicos e sem uma comida digna. É muito importante termos um governo que, apesar de tudo, está aqui com a gente. Sentimo-nos acolhidos”, relatou.
“A recepção, para mim, foi algo incrível. Não imaginava algo assim, depois de ter passado pelo período difícil que enfrentei, vivendo em um lugar sujo, tendo que tirar minha roupa do corpo para limpar o chão de uma cela”, disse Jonathan.
Já Rafael teve uma impressão semelhante: “Cheguei e vi todo mundo aplaudindo. Eu não esperava. Depois de todo o sofrimento que passamos durante essa semana, receber uma recepção dessas foi surpreendente”, contou.

Leonardo Lucena

Governo Lula recebe deportados dos EUA com estrutura de acolhimento humanizado

247 - A secretária de Direitos Humanos do governo do Ceará, Socorro França, afirmou que os passageiros do segundo voo com deportados dos Estados Unidos para o Brasil ficaram “acorrentados, com algemas”. A aeronave desembarcou na capital cearense com 111 pessoas.
“Quando desceram do avião, vieram totalmente livres, mas muitos estavam emocionalmente machucados. Disseram que sofreram muito, estavam presos, quase sem alimento”, disse a titular da pasta, conforme o <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/02/07/desceram-do-aviao-totalmente-livres-diz-secretaria-do-ceara-sobre-deportados-de-novo-voo.ghtml">jornal O Globo</a>.
“O governo do estado, por meio da Secretaria de Direitos Humanos, junto com o governo federal, otimizou a recepção dessas pessoas deportadas dos Estados Unidos. Graças a Deus, correu tudo bem. Recebemos com muita emoção, não foi fácil acolhê-los aqui.”
O primeiro voo chegou ao Brasil em janeiro e gerou repúdio do governo Lula devido ao tratamento dado às pessoas que estavam a bordo. Elas desembarcaram algemadas durante uma conexão em Manaus (AM).

Nordeste

Brasileiros deportados chegaram a Fortaleza acorrentados e em sofrimento, diz secretária

247 - O segundo voo com brasileiros deportados dos Estados Unidos desde o início do novo governo de Donald Trump (Partido Republicano) pousou às 16h06 desta sexta-feira (7) no Aeroporto de Fortaleza (CE). O avião trouxe 111 brasileiros, entre homens e mulheres adultos, adolescentes e crianças. Os passageiros desembarcaram sem algemas, de acordo com informações apuradas por Isabela Camargo, da GloboNews.
Uma parte dos 111 repatriados é de Minas Gerais. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) fará a viagem de Fortaleza até o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte (MG). O voo está previsto para decolar às 18h30 desta sexta-feira.
No primeiro voo com deportados que chegou ao Brasil, em janeiro, os passageiros desembarcaram algemados durante uma conexão em Manaus (AM). Após a confusão, ficou decidido que o segundo avião pousaria em Fortaleza, para reduzir o tempo em que os deportados passariam algemados no voo, medida adotada como praxe pelos EUA e que gerou repúdio do governo brasileiro. O primeiro voo tinha 158 pessoas a bordo, sendo 88 brasileiros.
Desde que tomou posse, em 20 de janeiro, Trump decidiu implementar políticas anti-imigração. Conforme estatísticas oficiais, as medidas devem afetar cerca de 10 milhões a 15 milhões de estrangeiros nos EUA, que têm algo em torno de 45 milhões a 50 milhões de imigrantes.

Segundo voo com brasileiros deportados dos EUA desembarca em Fortaleza

247 - Aliados de Jair Bolsonaro (PL) temem um possível desgaste com a deportação de imigrantes brasileiros apoiadores do ex-presidente pelo governo de Donald Trump, nos Estados Unidos. Segundo lideranças evangélicas que ministram cultos em cidades norte-americanas, o governo Trump está prendendo e deportando brasileiros bolsonaristas que são frequentadores de suas igrejas. As informações são do<a href="https://g1.globo.com/politica/blog/valdo-cruz/post/2025/02/07/governo-busca-garantir-direitos-de-deportados-e-oposicao-teme-desgaste-por-volta-de-imigrantes-apoiadores-de-bolsonaro.ghtml"> g1</a>.
Pastores brasileiros que atuam nos Estados Unidos chegam a falar em “perseguição”. “Bolsonaro apoia Trump, que deporta imigrantes brasileiros que apoiam o ex-presidente e tinham uma simpatia pelo atual presidente dos Estados Unidos influenciados por Bolsonaro. Essa é uma mistura muito ruim para nós”, comenta um líder evangélico.
Governo Lula trabalha para garantir direitos aos deportados - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está atuando para que os brasileiros deportados pelos Estados Unidos cheguem ao Brasil em condições dignas, ao contrário do que ocorreu com o último voo que pousou em Manaus, no final de janeiro.
Naquela ocasião, os imigrantes chegaram algemados e acorrentados, e relataram ter sofrido agressões físicas e psicológicas. A orientação do governo brasileiro é evitar a repetição dessas cenas e garantir que os deportados tenham acesso à direitos básicos, como água e ir ao banheiro.
O segundo voo com brasileiros deportados no governo Trump chega ao Brasil na tarde desta sexta-feira (7), em Fortaleza. A aeronave deve pousar em território brasileiro por volta das 15h, trazendo 111 passageiros.

Oposição teme desgaste com deportação de bolsonaristas por Trump

Agência Brasil - O voo com os brasileiros deportados dos Estados Unidos chega nesta sexta-feira (7) e será acompanhado, em tempo real, por um grupo de trabalho formado por integrantes do Itamaraty; do Ministério da Justiça e Segurança Pública; Polícia Federal; da Embaixada Norte Americana em Brasília; e do Serviço de Imigração dos Estados Unidos.
Segundo nota oficial enviada pelo Ministério da Justiça, o embarque vai ser em Alexandria, cidade do estado de Luisiana; e será acompanhado por um diplomata brasileiro do Consulado-Geral em Houston.
O pouso será em Fortaleza, no Ceará, para reduzir o tempo total de viagem.
O avião deve chegar à tarde, depois de rápida escala em Porto Rico.
A Aeronáutica vai disponibilizar uma aeronave para levar os brasileiros até Belo Horizonte.
Nos dois aeroportos, haverá um posto de apoio para receber os repatriados e acelerar o processo migratório.
Segundo o governo, as medidas foram tomadas com base na experiência de repatriações anteriores. A ideia é oferecer suporte imediato, assegurando dignidade e assistência integral.

Bianca Penteado

Brasileiros deportados dos Estados Unidos em Manaus (AM)

Voo de brasileiros deportados dos EUA chega a Fortaleza nesta sexta

247 - O primeiro voo das Forças Armadas dos Estados Unidos com imigrantes detidos para a Baía de Guantánamo, ao sul da ilha de Cuba, está previsto para partir nesta terça-feira (4). A informação foi divulgada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
"Hoje, o primeiro voo dos Estados Unidos para a Baía de Guantánamo com migrantes ilegais está em andamento", disse Karoline durante uma entrevista ao canal de TV Fox Business. Uma autoridade, que falou sob condição de anonimato à agência Reuters, afirmou que o voo transportaria 12 migrantes.
O voo para Guantánamo se soma aos voos militares que já deportaram migrantes para quatro países - Guatemala, Peru, Honduras e Índia. O Pentágono (EUA) afirmou que pretende deportar mais de 5.000 migrantes detidos pelas autoridades americanas em El Paso, no Texas, e San Diego, na Califórnia.

América Latina

Primeiros imigrantes chegam a Guantánamo nesta terça-feira, diz governo Trump

247 - O segundo voo com deportados dos Estados Unidos para o Brasil está previsto para chegar na próxima sexta-feira (7) em Fortaleza (CE). Um novo encontro para saber os detalhes logísticos do voo e da ajuda aos brasileiros deportados deve ocorrer nesta terça-feira (4), em Brasília (DF). Representantes de autoridades locais do Ceará e de outros órgãos do governo federal devem estar presentes na reunião. 
A posse do atual presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), ocorreu em 20 de janeiro. Quatro dias depois (24), o primeiro voo com deportados da gestão Trump chegou ao Brasil. Havia 158 pessoas a bordo, sendo que 88 brasileiros desembarcaram algemados. O avião pousou em Manaus (AM). A Força Aérea Brasileira (FAB) disponibilizou uma aeronave para transportar essas pessoas a Belo Horizonte (MG), destino final do grupo.
As medidas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos devem afetar cerca de 10 a 15 milhões de imigrantes. O território norte-americano abriga aproximadamente uma cifra de 45 milhões a 50 milhões de imigrantes, segundo estatísticas oficiais. Atualmente, há entre 1 milhão e 2 milhões de pessoas sob ordens de deportação nos EUA, das quais cerca de 35 mil a 40 mil são brasileiras.
Nos Estados Unidos, analistas têm demonstrado preocupação com os impactos dessas deportações na economia. Estima-se que a remoção de milhões de trabalhadores imigrantes do mercado norte-americano poderia reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) do país em aproximadamente US$ 1,6 trilhão ao longo de 20 anos.

Brasileiros deportados pelos Estados Unidos

Novo voo de deportados dos EUA deve chegar ao Brasil por Fortaleza

247 – O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou em <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2025/01/31/mauro-vieira-diz-que-brasil-negocia-rota-direta-para-deportados-dos-eua-temos-interesse-de-traze-los-e-eles-de-mandarem.ghtml">entrevista</a> ao Globo que o Brasil está negociando com os Estados Unidos a criação de uma rota direta para o transporte de brasileiros deportados. A declaração foi feita uma semana após o impasse diplomático gerado pelo desembarque de 88 brasileiros algemados em Manaus, episódio que provocou críticas ao tratamento dispensado aos deportados. As informações foram divulgadas em entrevista concedida pelo chanceler.
"Temos interesse em trazer os brasileiros de volta tão pronto possível, e eles (os EUA) também têm interesse em mandar as pessoas", disse Vieira, destacando que o objetivo é garantir condições mais dignas para o retorno dos deportados. O plano prevê voos diretos dos Estados Unidos para Belo Horizonte, eliminando escalas no Panamá ou em Manaus.
Segundo o ministro, um grupo de trabalho foi criado para avaliar a viabilidade da nova rota. "Estamos estudando melhor essa operação, com voos diretos e aviões melhores. Vai depender também da autonomia das aeronaves", explicou.
O chanceler também abordou as falhas no sistema de comunicação entre os dois países. Embora os EUA tenham se comprometido a avisar com cinco dias de antecedência sobre os voos de deportação, o prazo não tem sido respeitado. "Estamos trabalhando para estabelecer um novo prazo sob todos os aspectos, frequência e tudo mais", afirmou.
Sobre o uso de algemas nos deportados, Vieira foi enfático: "É uma das coisas que estamos tratando. O voo direto facilita em tudo. Todo o protocolo deve garantir um atendimento normal, como em qualquer voo, sem limitações. Não pode durar tantas horas sem comida, e o que dizer quando há crianças a bordo?"
Vieira também comentou sobre a cooperação regional em temas migratórios. "Cada país enfrenta desafios específicos. O Brasil prefere tratar bilateralmente, considerando as características de cada situação", disse, mencionando uma reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) que foi adiada.
O ministro refutou a ideia de fragilidade da América Latina diante dos EUA, citando o caso da Colômbia com o governo Trump. "Não acho que haja fragilidade. A relação é intensa e importante, com interesses mútuos no setor privado e nas relações governamentais."
Quanto ao impacto da política externa brasileira nas relações com os EUA, Vieira minimizou especulações sobre declarações do presidente Lula em apoio a Kamala Harris. "A relação entre Brasil e EUA é muito mais densa do que esse tipo de especulação."
Sobre a Operação Acolhida, que recebe refugiados venezuelanos, o ministro garantiu que a iniciativa continuará, mesmo com a redução de apoio internacional. "A maior parte já é financiada pelo governo brasileiro e continuará a ser. Não se pode abandonar esse compromisso."
Ao comentar a presidência do Brasil no Brics, Vieira afirmou: "Não é um grupo contra o Ocidente. O Brics promove a cooperação e o crescimento entre países em desenvolvimento. O que se discute são mecanismos de pagamento bilaterais, não uma moeda única."
Sobre a relação com a Argentina, Vieira destacou o bom relacionamento entre os governos Lula e Milei. "Os presidentes se encontraram em diversas ocasiões, e temos um diálogo produtivo com o atual chanceler argentino, Gerardo Werthein."
Quanto à Venezuela, o chanceler rejeitou críticas de que o Brasil estaria omisso. "Não somos expectadores. A política externa é feita com movimentos calculados. O Brasil não reconhece governos, mas Estados, e assim continuará."

Poder

Negociações em curso: Mauro Vieira busca rota direta para deportados dos EUA

247 - O Ministério das Relações Exteriores (MRE) e a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília acordaram, nesta quarta-feira (29), a criação de um Grupo de Trabalho conjunto para melhorar a operacionalização dos voos de retorno de brasileiros deportados dos EUA. A iniciativa busca garantir a segurança, o tratamento digno e respeitoso aos passageiros durante as operações de deportação.
Como parte do acordo, foi estabelecida uma linha direta de comunicação entre os membros do grupo, permitindo o acompanhamento em tempo real dos futuros voos. A medida ocorre em meio à implementação de novas políticas de deportação em massa pela gestão de Donald Trump, reeleito em 2024, que têm gerado preocupação entre as autoridades brasileiras.
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Foi acordado, também, o imediato estabelecimento de uma linha direta de comunicação entre os membros do grupo para acompanhamento em tempo real dos futuros voos.&mdash; Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) <a href="https://twitter.com/ItamaratyGovBr/status/1884708579564785970?ref_src=twsrc%5Etfw">January 29, 2025</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>
O anúncio do Grupo de Trabalho ocorre poucos dias após o desembarque do primeiro voo de deportados neste ano, que trouxe 88 brasileiros ao país na última sexta-feira (24). A operação foi alvo de críticas devido a relatos de maus-tratos, incluindo o uso de algemas nos pés e nas mãos, problemas na alimentação, falhas técnicas na aeronave e denúncias de agressões verbais por parte de agentes norte-americanos. A Polícia Federal abriu uma investigação preliminar para apurar possíveis abusos.
Próximo voo em fevereiro - De acordo com informações da Polícia Federal, um novo voo com brasileiros deportados está previsto para o dia 7 de fevereiro. A aeronave partirá do estado da Louisiana, com uma escala programada em Manaus (AM), antes de seguir para Belo Horizonte (MG). O número exato de passageiros ainda não foi divulgado.
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, anunciou que o governo federal planeja instalar um posto de acolhimento no aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, para recepcionar os brasileiros deportados. O espaço deverá oferecer assistência imediata e apoio psicológico às pessoas que retornam ao Brasil após passarem por situações adversas nos Estados Unidos.

Tag: deportados