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Chomsky está no Brasil para se recuperar de AVC sofrido no ano passado

Gravidade de sua condição explica silêncio sobre o massacre promovido por Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023

Noam Chomsky (Foto: Reprodução/BBC)

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247 - O renomado linguista americano Noam Chomsky, de 95 anos, está atualmente em tratamento em um hospital de São Paulo após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) massivo em junho do ano passado, informa reportagem de Mario Sergio Conti na Folha de S. Paulo nesta terça-feira (11). A gravidade de sua condição, inclusive, explica seu silêncio sobre o massacre promovido por Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023.

Chomsky foi inicialmente tratado por médicos nos Estados Unidos. De acordo com os profissionais de saúde, suas chances de recuperação eram mínimas, e ele foi submetido a um regime de medicação e alimentação intravenosa reduzido ao essencial.

Valeria Chomsky, sua esposa, que é carioca, consultou diversos médicos, inclusive brasileiros, ao perceber sinais de melhora em Chomsky, como o reconhecimento de pessoas, recuperação de consciência e comunicação, embora ainda com dificuldades.

Com o objetivo de acelerar a recuperação do marido, Valeria decidiu transferi-lo para São Paulo, onde o casal mantém uma residência desde 2015. A decisão foi respaldada por conselhos médicos que apontaram a possibilidade de melhores cuidados específicos no Brasil. Para isso, Valeria alugou um jatinho-ambulância e contratou dois enfermeiros, enfrentando uma viagem "longa, penosa e estressante", segundo suas palavras, devido às múltiplas escalas necessárias.

Inicialmente internado na unidade de terapia intensiva (UTI), Chomsky tem sido monitorado diariamente por uma equipe composta por neurologista, fonoaudiólogo e pneumologista. Sua condição apresentou uma melhora significativa, permitindo sua transferência para um quarto.

Atualmente, Chomsky mantém uma rotina de leitura diária do New York Times e demonstra sua consternação com a situação em Gaza levantando o braço esquerdo em um gesto de lamento ao ver imagens do conflito. Além disso, ele lê revistas científicas e acompanha discussões de colegas sobre artigos de linguística e cognição que escrevia antes do AVC.

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