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    Com pai indiciado pela PF, Flávio Bolsonaro pede 'anistia ampla' e diz que Moraes vai 'sofrer consequências' por 'abusos'

    "O único caminho para alguma normalidade e para algum reequilíbrio entre os Poderes é uma anistia que tem que ser ampla, geral e irrestrita", disse

    Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

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    247 - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez duras declarações em plenário nesta terça-feira (29) sobre os recentes desdobramentos do inquérito da Polícia Federal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado envolvendo Jair Bolsonaro e outras figuras do seu governo. Flávio acusou o Supremo Tribunal Federal (STF), particularmente o ministro Alexandre de Moraes, de conduzir uma perseguição política contra sua família e a direita, destacando que o único caminho para restaurar a normalidade política seria por meio de uma anistia ampla, geral e irrestrita.

    "Essa perseguição contra Bolsonaro e contra a direita não começou em 2022, em 2023 ou em 2024, começou muito antes", declarou Flávio, de acordo com o jornal O Globo. “Para ser breve aqui, o único caminho para alguma normalidade e para algum reequilíbrio entre os Poderes é uma anistia que tem que ser ampla, geral e irrestrita - estou cada vez mais convicto disso -, que inclua, inclusive, o Ministro Alexandre de Moraes, porque ele já deu vários exemplos de descumprir a lei do impeachment, no seu art. 39, inciso II, que fala muito claramente - eu vou ler aqui, para não falar errado - "proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa", completou. 

    Ainda segundo ele, “que começa errado não tem como terminar certo. Nunca vi ninguém que faz o que Alexandre de Moraes está fazendo no mundo que, em determinado tempo, não vá sofrer as consequências pelas ilegalidades, arbitrariedades e abusos que cometeu”. 

    O discurso de Flávio ocorreu após a divulgação do relatório de 884 páginas da Polícia Federal no qual novos elementos são apresentados no âmbito do inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  O relatório indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas, além de apresentar provas como uma agenda encontrada na casa do general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro. O documento continha "diretrizes" sobre como "disseminar ataques ao sistema eleitoral", incluindo críticas às urnas eletrônicas.

    Outros detalhes do relatório apontam para a "Operação 142", um plano golpista identificado na mesa de um assessor de Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil. O plano teria como objetivo subverter o Estado Democrático de Direito, o que reforça as alegações de um possível golpe durante a transição de poder em 2022.

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