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    "E daí? A vida continua", diz Caiado sobre indiciamento de Bolsonaro

    "Eu sou governador do estado. Se eu fosse ficar preocupado com as pequenas coisas, eu não governaria", disse o governador de Goiás

    Jair Bolsonaro (mais destaque) e Ronaldo Caiado (Foto: Divulgação I Agência Brasil)

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    247 - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que "a vida continua" ao ser questionado sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito da Polícia Federal que investiga uma suposta trama golpista. 

    "E daí? A vida continua. Agora tem dois anos que é só essa discussão no Brasil. O governo não tem uma proposta. Eu sou governador do estado. Se eu fosse ficar preocupado com as pequenas coisas, eu não governaria", disse Caiado durante o jantar de abertura da 55ª Convenção da Conib (Confederação Israelita do Brasil), em São Paulo, de acordo com a Folha de S. Paulo.

    Caiado aproveitou o evento para anunciar que oficializará sua candidatura à Presidência da República após o Carnaval, em Salvador, e que iniciará visitas ao interior do país em janeiro de 2025. O governador destacou que mantém uma relação de apoio com Bolsonaro, mesmo após o ex-presidente lançar um candidato contra ele nas eleições municipais em Goiânia. "Todos sabem que eu sempre apoiei, mesmo ele lançando um candidato contra mim em Goiânia, mas nós fomos vitoriosos", afirmou, referindo-se à vitória de Sandro Mabel (União Brasil) sobre Fred Rodrigues (PL), apoiado por Bolsonaro.

    O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), também comentou o caso, mas em tom conciliador. Castro disse não acreditar em intenções golpistas e afirmou que "baderneiros" devem ser punidos. "O que eu acredito é que tinham pessoas baderneiras fazendo baderna, e que esses têm que ser punidos", declarou, ressaltando sua confiança na PGR (Procuradoria-Geral da República).

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que enfrenta desgaste após acusar o PCC de orientar votos em Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno das eleições municipais, evitou a imprensa durante o evento. Em discurso, Tarcísio defendeu Israel e a comunidade judaica, destacando sua importância global e no Brasil.

    O presidente da Conib, Claudio Lottenberg, não poupou palavras ao mencionar que o futuro presidente do Brasil estava presente na cerimônia, uma alusão velada às ambições políticas dos convidados, gesto que foi entendido como um possível afastamento de Jair Bolsonaro (PL). Além de Caiado, o evento contou com a presença de Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, e André Mendonça, ministro do STF.

    As declarações e movimentações de Caiado sinalizam um racha na base bolsonarista, à medida que aliados do ex-mandatário buscam protagonismo na corrida presidencial de 2026. Com a proximidade do lançamento oficial de sua candidatura, Caiado tenta se posicionar como uma alternativa “moderada”, enquanto outros nomes, como Tarcísio de Freitas, também despontam como possíveis concorrentes.

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