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    Em resposta à greve, Camilo Santana diz que governo não pode 'recompor uma histórica defasagem salarial em tão pouco tempo'

    Professores universitários estão em greve há mais de 50 dias e os técnicos-administrativos há quase 90 dias

    Camilo Santana (Foto: © Luis Fortes/MEC)

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    247 - O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o governo federal abriu canais de diálogo com o objetivo de  acabar com a greve dos servidores públicos federais do setor, mas ressaltou que não será possível recompor “todo um processo histórico de anos de relação à defasagem salarial em um curto espaço de tempo”. 

     “A última proposta que foi negociada com os docentes, que inclusive um dos sindicatos assinou, com os 9% que foram dados no ano passado, a variação até 2026 de reajuste dos professores varia de 23% a 43%. E lembrar que nós não podemos, em um ano e meio o governo está colocando aqui, nós não podemos recompor todo um processo histórico de anos de relação à defasagem salarial em um curto espaço de tempo”,  disse Camilo nesta segunda-feira (10), durante o lançamento do PAC Universidades, que destinará R$ 5,5 bilhões no Novo PAC para investimentos em universidades federais e hospitais universitários.

    “Eu não via, nem via anteriormente ao início da greve, necessidade, porque esse é um governo que depois de seis anos sem reajuste salarial, deu um reajuste de 9% no seu primeiro ano de governo. Para vocês terem uma ideia, 9% de aumento salarial só para os servidores da educação tem um impacto de mais de R$ 8 bilhões no orçamento do MEC. Quando a gente fala em orçamento, é importante os reitores e reitoras terem a compreensão de que o orçamento não é só o custeio. É custeio, é investimento, é pessoa, é tudo que entra no MEC. Então esse foi um governo que reabriu todas as mesas de negociação com todas as categorias de servidores públicos. Então eu acho que a greve é quando não há mais diálogo, quando não há mais condições de debater ou discutir qualquer”, ressaltou. 

    Ainda segundo Camilo, “há um esforço enorme do governo do presidente Lula, quero deixar isso muito claro, e lembrar que essa negociação que foi feita com os docentes e a proposta que será apresentada amanhã aos técnicos administrativos terá um impacto de mais de R$ 10 bilhões. Estamos falando em quase R$ 20 bilhões de aumento no orçamento das universidades federais só em questão de pessoal. Então é bom só lembrar o impacto que isso tem no orçamento que isso tem”.

    Os professores universitários estão em greve há mais de 50 dias, e os técnicos-administrativos há quase 90 dias. Nesta segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúniu com reitores das universidades e institutos federais para discutir o futuro do financiamento e da infraestrutura dessas instituições. Na terça-feira (11), está prevista uma reunião de representantes do governo com os técnicos administrativos. Já houve um encontro com os docentes.  

    Ambos os grupos reivindicam não apenas melhores salários e a reestruturação de suas carreiras, mas também um aumento nos investimentos destinados às universidades.

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