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Erika Hilton defende legalização da maconha: “vamos ter uma sociedade menos criminosa e menos chata”

Deputada também destacou a importância da decisão do STF que descriminalizou a posse de até 40g de maconha para uso pessoal

Erika Hilton (Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados)

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247 - A líder da bancada do Psol na Câmara dos Deputados, a deputada Erika Hilton (Psol-SP) defendeu a legalização da maconha em entrevista à revista Breeza. Segundo ela, a medida tem o potencial de tornar a sociedade brasileira “menos criminosa e menos chata” e vai passar a tratar a política de drogas como uma questão de saúde pública, e não mais de segurança.

A deputada falou sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que descriminalizou a posse de até 40g de maconha para uso pessoal. Erika destacou que, apesar de limitada, a decisão é um importante avanço conquistado. “Não, eu acho que poderia ter sido melhor, mas eu acho que nós temos que trabalhar com o que a gente tem. Nós temos hoje um Congresso que é o que é, nós temos uma opinião de um senso comum na sociedade que representa o que ela representa. Não teria como trabalhar a legalização das outras drogas junto com o debate da cannabis. Isso seria inclusive um desserviço, nos prejudicaria no ponto de vista do debate público”, disse.

Ela também criticou a política de drogas implementada no Brasil atualmente, defendendo que o tema seja tratado no âmbito da saúde pública. “É uma política que prende e mata, violenta usuários e não prende e dá a devida punição aos verdadeiros traficantes. A política de drogas que nós temos hoje no nosso país é uma política criminalizadora, uma política que persegue jovens negros nas periferias, uma política que não combate o tráfico e tudo aquilo que está em torno do tráfico de drogas. Eu sou favorável à descriminalização, à legalização da cannabis, mas também obviamente de outras drogas com controle social. Nós temos que tomar cuidado porque sabemos o que a dependência química gera nas pessoas e o ônus que ela é capaz de consolidar em uma família e na sociedade, mas eu acho que a política de drogas tem que ser uma política do âmbito da saúde e não uma política do âmbito da segurança pública”, afirmou.

Erika Hilton disse que faz uso recreativo e citou os benefícios que a substância traz para seu corpo. “Ah, eu acho que eu fico mais zen, porque eu acho que eu já sou uma mente muito produtiva sem cannabis. Então eu acho que com cannabis eu fico uma mente mais relaxada, mais tranquila. É que também depende muito, cada planta tem um sentido”, explicou.

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