"Eu fui convidado. O Lula não foi", diz Bolsonaro sobre convite para participar da posse de Trump
Ex-mandatário afirma que convite de Trump é sinônimo de prestígio e nega intenção de utilizar viagem para fugir do Brasil
247 - Jair Bolsonaro (PL) defendeu seu pedido para comparecer à posse de Donald Trump nos Estados Unidos e rejeitou especulações sobre uma possível fuga do país. Com o passaporte retido pela Polícia Federal (PF) há quase um ano, ele aguarda autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). "Eu fui convidado. O Lula não foi. É um sinônimo de prestígio. O Trump vê em mim uma liderança na América Latina", afirmou Bolsonaro à coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo.
Na entrevista, o ex-mandatário também negou que pretenda utilizar a viagem para fugir do Brasil e evitar uma eventual condenação nos processos a que responde, inclusive de participação em um suposto plano de golpe de Estado para permanecer no poder após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito presidencial de 2022. "Eu vim dos EUA pra cá correndo todos os riscos que vocês estão vendo. Não vou me submeter a uma fuga. Eu não vou fugir."
O pedido para comparecer à cerimônia, marcada para 20 de janeiro em Washington, já foi encaminhado por Moraes à Procuradoria-Geral da República (PGR) para manifestação. Inicialmente, o ministro apontou ausência de "documentos necessários", alegando que a mensagem havia sido enviada por "endereço não identificado" e "sem qualquer horário ou programação do evento".
Questionado sobre suas expectativas quanto à decisão de Moraes, o ex-mandatário evitou confronto direto: "Eu não vou emitir opiniões sobre o ministro. Mas eu acho que nunca deveriam ter pego meu passaporte. Estão na fase de pesca probatória o tempo todo. Isso é ativismo judicial. Tentam me humilhar frente à opinião pública e eu só cresci."
Trump quebrou o protocolo diplomático americano ao convidar diretamente líderes alinhados à direita para sua posse. Além de Bolsonaro, a lista inclui o presidente argentino Javier Milei, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, o primeiro-ministro húngaro Viktor Órban e o ultradireitista francês Éric Zemmour. Tradicionalmente, os Estados Unidos comunicam as embaixadas sobre a cerimônia, sendo os países representados por seus embaixadores - no caso do Brasil, Maria Luiza Viotti já confirmou presença.
O ex-mandatário mencionou ainda que seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), principal intermediário com Trump e sua equipe, já se encontra nos Estados Unidos. "Eu tô pronto pra ir", ressaltou.
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