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"Eu não quero escolher presidente da Câmara", diz Lula

Presidente disse querer manter uma relação "institucional" com o Congresso e destacou que o governo não perdeu "nenhum projeto importante" no Legislativo

Lula e os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, no plenário da Câmara: reforma histórica para o país (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (17), em entrevista à Rádio Metrópoles, que não vai se envolver nas eleições pela presidência da Câmara dos Deputados, que ocorrem no início de 2025. Segundo Lula, a autonomia do poder Legislativo precisa ser respeitada e que vai dialogar com o eleito independente de qual partido ele seja.

“Eu tenho como prática política não me meter na escolha do presidente da Câmara. É uma escolha do Congresso Nacional. Como eu respeito a autonomia de cada poder, o meu presidente será aquele que for eleito. Goste dele ou não goste, eu vou conversar e vou tratá-lo como presidente da Câmara. É assim que eu faço. Eu não vou nunca apresentar para o presidente da Câmara um projeto de interesse pessoal. Eu vou apresentar projeto de interesse do povo brasileiro e vou discutir com ele como é que vota”, disse.

Lula falou que as dificuldades de negociação com o Congresso foram superadas, permitindo a aprovação de importantes projetos para o governo federal. “Quando nós tomamos posse, muita gente dizia que a gente ia ter muita dificuldade e governar. O meu partido só tem 70 deputados entre 513. Eu só tenho nove senadores entre 81. Nós aprovamos uma PEC da Transição, que deu R$ 165 bilhões para a gente governar esse país no primeiro ano. Aumentou o dinheiro da Saúde, da Educação. Nós já aprovamos uma coisa extraordinária que foi o arcabouço fiscal. Nós já aprovamos a política tributária e até agora não perdemos nenhum projeto importante que o governo mandou para o Congresso Nacional. Lógico que muitas vezes um projeto que você manda não é aprovado do jeito que você quer, e isso fazer parte da democracia”, opinou.

O presidente também destacou a sua relação com os atuais presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Cada deputado tem um pensamento, cada partido tem sua ideia. Ninguém é obrigado a acatar o que o governo manda. Mas é possível estabelecer uma mesa de negociação e a gente encontrar um denominador comum que permita a gente aprovar as coisas. E isso tem sido feito com o Lira na presidência, com o Pacheco na presidência. Então eu não quero escolher presidente. Eu quero manter uma relação civilizada e institucional com quem ganhar as eleições nas duas Casas. Eu não quero dizer ‘eu não gosto do presidente’. Não é o presidente da Câmara que precisa do presidente da República. É o presidente da República que precisa da Câmara. Então se eu compreender isso e tiver uma relação muito civilizada com eles, vai tudo muito bem”, afirmou.

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