Flopou: ato pró-anistia em Copacabana reúne 2% do público previsto
Apenas 18,3 mil pessoas compareceram ao ato bolsonarista no Rio de Janeiro, segundo dados da USP
247 - O ato deste domingo (16) de Jair Bolsonaro, em Copacabana, no Rio de Janeiro-RJ, reuniu apenas 18,3 mil pessoas, representando menos de 2% do público estimado, segundo um levantamento da Universidade de São Paulo (USP). Os dados foram divulgados pelo jornal O Estado de São Paulo.
Bolsonaro e seus aliados chegaram a projetar a presença de 1 milhão de manifestantes na mobilização em defesa da anistia aos envolvidos na tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023.
Prestes a ser preso por liderar a tentativa de golpe de Estado após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro fracassou miseravelmente em sua última tentativa de angariar apoio popular a um projeto que anistiaria os envolvidos nos atos antidemocráticos.
Bolsonaristas se frustraram com a manifestação esvaziada na praia de Copacabana, que ficou muito aquém da promessa de Bolsonaro. Imagens transmitidas pela TV Globo mostram que o ato não conseguiu ocupar quarteirões inteiros nem mobilizar uma multidão, reunindo apenas um grupo diante do palco, com presença espalhada pela avenida e chegando até a faixa de areia.
A Primeira Turma do Supremo marcou para 25 de março a análise pelo colegiado da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Encaminhada pela PGR ao Supremo em 18 de fevereiro, a denúncia posiciona Bolsonaro como líder de uma organização criminosa que agiu para contrariar o resultado das urnas após a vitória do presidente Lula nas eleições de 2022.
Em caso de condenação por todos os crimes a que foi denunciado, as penas de Bolsonaro poderiam variar de 12 anos a mais de 40 anos de prisão.
A defesa do ex-mandatário afirmou em manifestação ao STF que não há provas contundentes que apontem Bolsonaro como autor de ordens para a execução de um golpe de Estado ou que tenha praticado qualquer ato de violência. Bolsonaro reclamou do que considerou um ritmo acelerado para tratar das acusações de que é alvo.
Bolsonaro está inelegível até 2030 por conta de duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político na campanha eleitoral de 2022. (Com informações da Reuters).
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