Governo Lula não pretende cobrar mensalidades em universidades públicas – notícia da Folha de S. Paulo é fake
Informação foi desmentida ao professor Daniel Cara, que cobra um desmentido oficial do governo
247 – O professor e educador Daniel Cara utilizou a plataforma X (antigo Twitter) para desmentir uma notícia publicada pela Folha de S. Paulo neste domingo sobre a possível cobrança de mensalidades em universidades públicas. De acordo com Cara, um colega do alto escalão da equipe econômica do governo afirmou que a matéria da Folha não corresponde aos fatos e que não há qualquer perspectiva de cobrança de mensalidades nas universidades federais, tampouco alterações no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).
Cara expressou sua satisfação com a confirmação de que tais medidas não estão em discussão: "Um colega do alto escalão da equipe econômica do governo afirmou que a matéria da Folha de S. Paulo não corresponde aos fatos: não há perspectiva de cobrança de mensalidade nas universidades federais e tampouco há chance de alteração do Fundeb, que representa a grande vitória da Educação contra o governo Bolsonaro. Excelente! É importante agora a equipe econômica desmentir publicamente o jornal. Lula não pode, mais uma vez, pagar esse ônus, como ocorreu com a questão dos pisos de saúde e educação. Da nossa parte, seguimos lutando pelo financiamento da educação pública, sempre."
A notícia da Folha de S. Paulo afirmava que, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) descartar mudanças no piso de despesas com educação, a equipe econômica estaria analisando outras medidas de ajuste. Entre elas, estaria a cobrança de mensalidades de alunos ricos em universidades públicas e a alteração de parâmetros do Fundeb. Segundo a reportagem, essas medidas fariam parte de um conjunto de mais de cem iniciativas visando o reequilíbrio fiscal.
De acordo com a Folha, a cobrança de mensalidades nas universidades públicas seria destinada apenas aos alunos de classes sociais mais favorecidas, afetando parte dos 1,3 milhão de estudantes matriculados na rede federal de ensino superior. No caso do Fundeb, a matéria sugeria que possíveis mudanças poderiam proporcionar maior flexibilidade orçamentária, como a elevação do percentual da contribuição da União que pode ser contabilizado no piso federal da educação e a redução do percentual do fundo destinado ao pagamento dos profissionais da educação básica.
Contudo, a informação foi desmentida por fontes internas do governo ao professor Daniel Cara, que reiterou a importância da equipe econômica se manifestar publicamente sobre o assunto para evitar mal-entendidos e proteger a imagem do presidente Lula. A reafirmação do compromisso com a educação pública e a manutenção dos parâmetros do Fundeb são vistas como essenciais para o avanço e a consolidação das conquistas educacionais no Brasil.
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