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    Gusttavo Lima tem 25% de empresa investigada por lavagem de dinheiro, revela apuração da polícia

    Cantor é sócio da Vai de Bet, plataforma de apostas suspeita de ocultar valores de origem ilícita

    Gusttavo Lima (Foto: Reprodução/Redes sociais)

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    247 – O cantor Gusttavo Lima se vê no centro de uma investigação da Polícia Civil de Pernambuco que apura um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais. A decisão judicial, emitida na última segunda-feira, 23, destaca que o sertanejo adquiriu uma participação de 25% na empresa de apostas esportivas Vai de Bet, o que teria ocorrido em 1º de julho deste ano. As informações constam no processo que também resultou na decretação da prisão preventiva de Lima, segundo aponta reportagem do Estado de S. Paulo.

    Segundo a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, a sociedade de Gusttavo Lima na empresa controlada por José André da Rocha Neto, um dos principais investigados, reforça as dúvidas sobre a legalidade das interações financeiras do cantor. “Essa associação levanta sérias dúvidas sobre a integridade das transações e a legitimidade dos vínculos estabelecidos”, afirmou a magistrada, em trecho da decisão ao qual o jornal teve acesso.

    Além da participação societária, a investigação aponta que a empresa de Lima estaria envolvida na ocultação de valores oriundos de jogos ilegais. Uma das operações analisadas refere-se à venda de um avião Cessna Aircraft do cantor para a empresa J.M.J. Participações Ltda., também de propriedade de José André da Rocha Neto. A venda teria movimentado R$ 22,2 milhões e, segundo a polícia, a transação serviu para ocultar a propriedade e dissimular o destino do valor recebido. O avião foi apreendido em um aeroporto no interior de São Paulo.

    Outra linha investigativa aponta que a Balada Eventos e Produções Ltda., de Gusttavo Lima, teria recebido repasses de R$ 9,8 milhões da HSF Entretenimento Promoção de Eventos, empresa também sob suspeita. A Balada Eventos, segundo a decisão judicial, seria responsável por dissimular os valores provenientes de atividades ilícitas. Além disso, a empresa GSA, pertencente ao cantor, estaria envolvida na ocultação de dinheiro, guardando R$ 112 mil, 4,7 mil euros e 1 mil dólares em espécie em um cofre.

    Em resposta à decretação da prisão preventiva, a defesa de Gusttavo Lima afirmou que a decisão é “injusta e sem fundamentos legais”. Em nota, os advogados do cantor ressaltaram que já estão adotando as medidas cabíveis para reverter a prisão. “Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais.”

    A defesa também afirmou que acredita na Justiça brasileira e que a inocência do artista será devidamente demonstrada. “O cantor Gusttavo Lima jamais seria conivente com qualquer fato contrário ao ordenamento de nosso país e não há qualquer envolvimento dele ou de suas empresas com o objeto da operação deflagrada pela Polícia pernambucana”, concluiu a nota.

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