Homem-bomba buscava desencadear uma “série de eventos futuros” em atentado contra o STF, diz PF
Segundo o laudo necroscópico, produzido pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal, Wanderley queria gerar um “efeito dominó”
247 - A Polícia Federal apontou que Francisco Wanderley Luiz, o homem-bomba que lançou artefatos explosivos na direção do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), tinha o objetivo de desencadear uma série de eventos futuros com o atentado, informa O Globo. Segundo o laudo necroscópico, produzido pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal, Wanderley queria gerar um “efeito dominó” com a sua morte.
Os peritos destacaram a camisa que ele vestia por baixo do terno verde que vestia durante o atentado. A vestimenta mostra um homem empurrando uma fila de peças de dominó. De acordo com as investigações, o homem-bomba se enxergava como alguém "cujo papel seria servir como gatilho e, através da própria morte, deflagrar uma reação em cadeia”.
“Podemos interpretar na escolha dessa camisa a intenção de passar uma mensagem, a de que a vítima não considerava a própria morte como um ato isolado, mas sim dentro de um contexto e conectada a uma série de eventos futuros. Mais precisamente, desencadeando essa série de eventos", diz o relatório.
A perícia confirmou que o homem morreu por traumatismo cranioencefálico provocado por exploração. Ele segurou uma bomba caseira contra a cabeça. Os técnicos apontaram que não existiam vestígios de tiros contra Wanderley, desmentindo uma teoria espalhada por bolsonaristas nas redes sociais de que ele teria sido alvejado.
"Além disso, mesmo sendo a ação explosiva suficiente para explicar todas as lesões da cabeça, foi feita exaustiva investigação dessa região no sentido de excluir a ação concomitante de um disparo de arma de fogo", diz o documento. Amostras de sangue e urina estão sendo analisadas pela Polícia Civil do Distrito Federal para constatar se o homem estava sob influência de alguma substância psicoativa.
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