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Itamaraty não pretende responder ataque de Maduro ao sistema eleitoral do Brasil

Avaliação é de que a manifestação do presidente venezuelano foi uma “fala de campanha” e não um ataque direto ao sistema eleitoral brasileiro

Nicolás Maduro (Foto: Reuters/Leonardo Fernandez Viloria)

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247 - O Ministério das Relações Exteriores não pretende responder à afirmação do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de que as eleições no Brasil não são auditadas. Em um comício recente, Maduro fez essa declaração, mas diplomatas brasileiros minimizaram a manifestação, interpretando-a como uma “fala de campanha” e não um ataque direto ao sistema eleitoral brasileiro.

Diplomatas do Itamaraty ouvidos pela coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo, destacaram que Maduro mencionou outros países no mesmo contexto, incluindo os Estados Unidos e a própria Venezuela, o que sugere que a declaração fazia parte de uma retórica política mais ampla. Procurado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviou cinco textos previamente publicados que explicam detalhadamente o funcionamento do sistema eleitoral brasileiro e que enfatizam que todas as fases do processo são auditadas.

Além disso, o ministério acredita que a reação de Lula, expressando estar “assustado” com a ameaça de Maduro de um “possível banho de sangue” caso perdesse as eleições, teve um impacto significativo no presidente venezuelano. Em resposta, Maduro afirmou que aqueles que se assustaram com suas palavras deveriam “tomar um chá de camomila”.

No entanto, o Itamaraty destacou outra manifestação de Maduro à imprensa local, na qual ele afirmou que reconheceria o resultado das eleições, independentemente do desfecho. “Reconheceremos e defenderemos o resultado e triunfará a paz. Haverá paz antes e depois do dia 28”, disse Maduro, conforme relatado pelo jornal “El Universal”.

Uma entrevista concedida ao jornal espanhol “El País” pelo filho de Maduro, Nicolás Maduro Guerra, também foi vista como um sinal de moderação no discurso. Na edição desta quarta-feira (24), ele expressou confiança na vitória chavista, mas afirmou que, se necessário, reconheceriam a derrota.

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