João Cezar de Castro Rocha: 'se não desmentir possível aliança com Tarcísio, Campos Neto precisa ser demitido'
De acordo com o historiador, 'em qualquer país do mundo, um diretor do Banco Central que falasse 10% do que aqui se relata, perderia credibilidade'
247 - O historiador João Cezar de Castro Rocha afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria demitir Roberto Campos Neto se o presidente do Banco Central não desmentir a matéria publicada pela Folha de S.Paulo na qual o dirigente da autoridade bancária teria sinalizado que aceitaria ser ministro da Fazenda de Tarcísio de Freitas (Republicanos) caso o governador de São Paulo dispute a Presidência da República em 2026 e vença o pleito.
"Se esta matéria for verdadeira, se Roberto Campos Neto não a desmentir em 24 horas, o presidente Lula precisa demitir o dublê de economista. Em qualquer país do mundo, um diretor do Banco Central que falasse 10% do que aqui se relata, perderia credibilidade e sairia desonrado", escreveu Rocha na rede social X.
O presidente do BC vem sendo criticado por aliados do governo Lula e por eleitores do campo progressista por causa da lentidão nos cortes das taxas de juros, a Selic, atualmente em 10,50%. Caso a Selic diminua mais rapidamente, o crédito fica mais barato, há maior estímulo ao consumo, e ao crescimento da economia.
O dirigente do Banco Central vem citando a inflação como sua justificativa para não reduzir a taxa de juros com mais velocidade. Mas, no contexto atual, o desemprego está abaixo dos 8%, a população voltando a ter renda para a compra de produtos, e, por consequência, precisa de um crédito mais barato.
Em maio, integrantes do Comitê de Política Monetária, ligado ao Banco Central, diminuíram a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, de 10,75% ao ano para 10,50% ao ano. Foi o sétimo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto de 2023. No começo das reduções, a Selic estava em 13,75% ao ano. Desde então, o comitê vinha reduzindo a Selic no mesmo ritmo: 0,5 ponto percentual a cada encontro. Com a decisão do mês passado, o corte na Selic foi de apenas 0,25 p.p.
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