Lira defende resposta firme de governo e Congresso a ataques franceses à agropecuária do Brasil
Presidente da Câmara fez as declarações após encontro com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA)
(Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta terça-feira que não se pode minimizar o que chamou de um movimento de duas empresas francesas para questionar a qualidade da produção agropecuária brasileira, e defendeu que tanto o Congresso quanto o governo federal respondam de forma firme e à altura.
Lira fez as declarações após encontro com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) em Brasília, no mesmo dia em que o presidente mundial do Carrefour pediu desculpas por ter dito em carta recentemente que a rede varejista não compraria carne do Mercosul pois, segundo ele, não atende às exigências e normas europeias. A retratação veio após um boicote de frigoríficos brasileiros ao fornecimento de carne para lojas da unidade brasileira da varejista francesa.
"Importante neste momento é a gente ter a certeza de não minimizar o que aconteceu e nem deixar de lado o que está acontecendo. São duas empresas francesas numa escalada de narrativas que não são verdadeiras falando para o mundo sobre a dificuldade ou não da produção brasileira", disse Lira a jornalistas.
"A gente tem que ter uma postura muito firme para que esses ataques de desinformação cessem e que tenha uma resposta à altura tanto do Parlamento quanto do governo brasileiro."
Em sua fala, o presidente da Câmara também disse que a sinalização que recebeu é de aprovação de um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia. O governo da França tem manifestado publicamente e com frequência sua oposição à assinatura de tal acordo.
Lira também cobrou que os demais países do Mercosul -- formado ainda por Argentina, Uruguai e Paraguai -- se posicionem.
O presidente da Câmara também afirmou que um projeto de lei sobre reciprocidade ambiental em acordos comerciais assinados pelo Brasil deve ser votado inicialmente no Senado para depois ser avaliado pelos deputados.
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