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Lula detona condução da pandemia pelo governo Bolsonaro: "um dia a história vai julgar"

Presidente inaugurou fábrica da indústria farmacêutica em São Paulo e lembrou dos mais de 700 mil mortos pela Covid no Brasil

Lula durante inauguração da fábrica da EMS em Hortolândia (SP) (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - O presidente Lula (PT) participou nesta sexta-feira (23), em Hortolândia (SP), da inauguração da fábrica de polipeptídeo sintético da EMS. A fábrica trabalha com tecnologia de ponta para produzir no Brasil e comercializar no país e no mundo as moléculas de liraglutida e semaglutida, destinadas ao tratamento de obesidade e diabetes.

Durante seu discurso, Lula lembrou da pandemia de Covid-19 para salientar a importância do fortalecimento do complexo industrial da saúde do Brasil e detonou a condução da pandemia pelo governo Jair Bolsonaro (PL). “Não tem nenhum país com mais de 100 milhões de habitantes no planeta Terra que tem um sistema de saúde como o SUS, e vocês sabem como é que esse SUS era atacado todo santo dia pela imprensa, sobretudo pela iniciativa privada. E o SUS mostrou que se não fosse ele enfrentar aquela pandemia e o negacionismo, não seriam 700 mil pessoas que teriam morrido. Quem sabe tivéssemos ultrapassado 1 milhão de pessoas, porque o governo não sabia como tratar”. 

“Não é que um presidente deveria entender de pandemia. Deveria entender de bom senso. Se eu não sei, eu convido quem sabe, monto um gabinete de crise e vamos fazer o que tem ser feito. Não vamos ficar brigando de inventar remédio, de produzir o que não sabe, de envolver as Forças Armadas para produzir remédio que não servia para nada. Quantas pessoas morreram tomando remédios imprestáveis? Quantas?”, questionou o presidente, afirmando que “um dia a história vai julgar” o que ocorreu durante a pandemia no governo passado. 

“O Brasil não é o maior país do mundo, mas aqui foi o país onde mais morreu gente pela Covid, mais de 700 mil pessoas. E eu posso dizer para vocês que destas, pelo menos metade o governo tem responsabilidade, pelo descaso com o tratamento da doença e até pela qualidade dos ministros da Saúde que ele indicava. Ele tinha um ministro aí que era general que era visível, quando ele falava na televisão, que ele não entendia o que estava falando. Por falta de sensibilidade, esse país sofreu muito, e nós não vamos permitir mais que isso aconteça. Esse país será do tamanho da qualidade do pensamento e do tamanho do sonho que a sociedade brasileira tiver”, concluiu.

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