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Lula inaugura fábrica para produção de medicamentos contra diabetes e obesidade em SP

Evento de inauguração de uma nova fábrica da EMS acontece em Hortolândia

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta sexta-feira (23), da inauguração de uma nova fábrica da EMS, em Hortolândia (SP). A planta, com 6.000 m², será responsável pela produção dos compostos liraglutida e semaglutida, amplamente utilizados no tratamento de diabetes e obesidade. Esses medicamentos ganharam notoriedade pelo uso associado à perda de peso.

Embora o complexo estivesse pronto há um ano, a produção aguardava a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O registro da liraglutida deve ser liberado em até 60 dias, enquanto a semaglutida só poderá ser produzida após 2026, quando expira a patente da empresa dinamarquesa Novo Nordisk.

“A presença do presidente Lula na inauguração da fábrica mostra que o governo tem mais clareza de que a indústria farmacêutica nacional consegue ter inovação e pode ajudar a equilibrar a balança comercial do país”, disse Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS, em entrevista ao Poder360.

A empresa projeta um faturamento de US$ 1 bilhão em cinco anos, com vendas no mercado nacional e internacional, especialmente nos Estados Unidos. Lula já havia anunciado, em 14 de agosto, investimentos de R$ 42,7 bilhões no setor de saúde até 2026, com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) financiando R$ 500 milhões para a produção de medicamentos genéricos e compostos inovadores.

Medicamentos como Ozempic, Saxenda e Mounjaro se tornaram populares recentemente, sendo utilizados “off label” para emagrecimento, impulsionando as vendas da Novo Nordisk, que alcançou um valor de mercado de US$ 446 bilhões, superando o PIB da Dinamarca, estimado em US$ 395 bilhões.

Segundo o BNDES, o laboratório EMS investirá os recursos do financiamento na produção de oito medicamentos genéricos para diabetes e câncer, e em 17 inovações em anti-inflamatórios, antialérgicos, analgésicos e outros fármacos para ansiedade, insônia e náusea. Os investimentos fazem parte do plano de investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação da empresa, projeto alinhado com os desafios listados pelo Ministério da Saúde.

Dos oito medicamentos genéricos a serem fabricados, cinco visam ao controle de diabetes e três destinam-se ao tratamento da leucemia mieloide crônica, câncer de próstata e carcinoma de células renais. Seis desses produtos são inéditos no Brasil.

Ao todo, o BNDES aprovou R$ 1,39 bilhão em três operações de financiamento destinadas a impulsionar a pesquisa, desenvolvimento e inovação na indústria farmacêutica brasileira. O montante aprovado será dividido entre as empresas EMS, Aché e Eurofarma, que investirão os recursos em projetos estratégicos para a produção de novos medicamentos e tecnologias.

Desde o início de 2023 até julho, o BNDES já aprovou R$ 2,28 bilhões em financiamentos para o setor de saúde, um aumento de 34% em relação ao total de 2023. Somente na indústria farmacêutica, o valor aprovado nos primeiros sete meses de 2023 já ultrapassa em 33% o total de todo o ano anterior.

O BNDES projeta adicionar mais R$ 1,5 bilhão em novas operações no Complexo da Saúde até o final do ano, alcançando um total de R$ 5,5 bilhões em investimentos em dois anos. Além disso, o banco de fomento está estruturando um Fundo de Investimento em Biotecnologia, com valor previsto de R$ 250 milhões, que será voltado para startups de saúde com soluções baseadas em ciência e tecnologia de alta complexidade.

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