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Lula é aplaudido na OIT ao criticar desigualdade de gênero: “a máxima ‘salário igual para trabalho igual’ ainda é uma utopia”

Presidente também alertou para a crescente precarização das condições de trabalho em todo o mundo

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante Reunião bilateral com o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Gilbert Houngbo, no Palácio das Nações, em Genebra, Suíça (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou na 112ª Conferência Mundial do Trabalho da OIT (Organização Mundial do Trabalho). Lula foi aplaudido pelos presentes ao criticar os diferentes tipos de desigualdade. “A desigualdade de gênero, raça, orientação sexual e origem geográfica são agravantes deste cenário. Em todo o mundo as mulheres são um dos elos mais vulneráveis na cadeia do mundo do trabalho. A máxima ‘salário igual para trabalho igual’ ainda é uma utopia. Mais de 0,5 bilhão de mulheres em idade ativa estão fora da força de trabalho devido a divisão desigual das responsabilidades familiares e dos cuidados”, disse.

O presidente também falou sobre a importância da justiça social nos dias atuais e defendeu que o combate à fome e à pobreza são princípios da democracia e do desenvolvimento. “Nunca a injustiça social foi tão crucial para a humanidade. É central resgatar o espírito da Declaração da Filadélfia, adotada há 80 anos. Nela, consignamos que o trabalho não deve ser tratado como mercadoria, mas como fonte de dignidade. O bem-estar de cada um depende do bem-estar de todos. Como afirmou o papa Francisco: não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na desigualdade”, afirmou Lula.

Lula alertou também para a precarização do mundo do trabalho e criticou o crescimento do número de empregos informais, que escondem a realidade de parte da população. “Não devemos nos iludir. A informalidade, a precarização e a pobreza são persistentes. O número de pessoas em empregos informais saltou aproximadamente de 1,7 bilhão para 2 bilhões neste ano. A renda do trabalho segue em queda para os menos escolarizados[...]. Quase 215 milhões, mais do que a população do Brasil, vivem em extrema pobreza mesmo estando empregados”, enfatizou.

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