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Lula se reúne com economistas, reclama de ataque especulativo contra o governo e manifesta preocupação com população mais pobre

Participaram de um jantar na casa de Fernando Haddad o ex-ministro Guido Mantega, o ex-secretário do Ministério da Fazenda Luiz Gonzaga Belluzzo e o economista Eduardo Moreira

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - Em um jantar recente, realizado na casa do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o presidente Lula (PT) se reuniu com destacados economistas para discutir os desafios econômicos iminentes que o país pode enfrentar nos próximos meses. A principal preocupação levantada durante o encontro, segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, foi a possibilidade de uma alta da inflação, desencadeada pela valorização contínua do dólar. A moeda norte-americana em alta encarece os produtos e insumos importados, gerando um efeito cascata nos preços ao consumidor brasileiro. Essa dinâmica pode comprometer a estabilidade econômica e agravar a situação da população mais vulnerável.

Entre os presentes no jantar, segundo Julia Duailibi e Guilherme Balza, do g1, estavam figuras notórias como o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, o ex-secretário do Ministério da Fazenda Luiz Gonzaga Belluzzo e o fundador do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), o economista Eduardo Moreira.

De acordo com um dos participantes da reunião, Lula expressou uma indignação justificada com o que ele vê como um movimento especulativo contra seu governo. O presidente acredita que há uma tentativa de pressionar seu governo a ceder em questões fiscais, o que afetaria desproporcionalmente os mais pobres.

Os economistas presentes no jantar aconselharam Lula a moderar seu tom nas críticas ao mercado financeiro e ao Banco Central. Eles destacaram que, embora o presidente esteja determinado a proteger o salário mínimo, as aposentadorias, os benefícios sociais, e os investimentos em saúde e educação, uma postura menos combativa poderia evitar agravar a situação econômica.

Segundo os especialistas, o impacto da subida do dólar não está só ligado às falas de Lula, mas principalmente a fatores externos, como a política monetária dos Estados Unidos. No entanto, um tom agressivo por parte do presidente pode exacerbar a crise, resultando em uma inflação ainda maior. Isso, por sua vez, dificultaria a capacidade de Lula de implementar suas políticas de proteção social, reduzindo sua popularidade e sua margem de manobra política.

Durante o encontro, os economistas sublinharam que, para a população, o aspecto mais tangível da economia é o preço dos produtos nas prateleiras dos supermercados. Eles enfatizaram que, sem estabilidade na inflação, outras realizações do governo podem perder seu valor aos olhos dos cidadãos.

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