"Campos Neto deveria defender a nossa moeda, mas aposta na crise", diz Gleisi
Presidente do PT ainda falou em "preconceito" e "inversão de responsabilidades" nos ataques ao presidente Lula no campo econômico
247 - A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou os "especialistas" que criticam o presidente Lula (PT) por denunciar o ataque especulativo contra o real e disse que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, "aposta na crise". "Alguém poderia explicar por que dizer a verdade sobre os juros e o ataque ao real 'ajuda os especuladores'? Quer dizer que o presidente da República tem de ficar caladinho enquanto essa turma avança sobre a moeda do país?", questionou.
A parlamentar falou em "preconceito" e "inversão de responsabilidades" ao condenar as críticas ao presidente. "Todos esses 'especialistas' sabem que a taxa Selic está artificialmente elevada, e muito, e que as razões da valorização do dólar estão lá fora, na economia dos EUA. Caberia ao BC defender nossa moeda, mas essa instituição 'autônoma' nada faz porque seu comandante aposta na crise. A reação coordenada e violenta contra Lula é um caso estarrecedor de inversão de responsabilidades. Lembra aquela história machista de culpar a mulher pelo estupro, porque ela usou saia curta. O que estamos assistindo no Brasil não é debate econômico. É política, com forte dose de preconceito".
Saiba mais - Enquanto dólar chega à marca de R$ 5,70, resultado de um "jogo de interesses especulativos contra o real", como definiu o presidente Lula, o Banco Central observa paralisado a disparada da moeda norte-americana, ignorando sua função no mercado de câmbio de "conter movimentos desordenados".
Tal atribuição é descrita no site do próprio Banco Central: "o Banco Central regulamenta o mercado de câmbio e autoriza e supervisiona as instituições que nele operam. O Banco Central tem atribuição para executar a política cambial, podendo atuar diretamente no mercado, comprando e vendendo moeda estrangeira de forma ocasional e limitada, com o objetivo de conter movimentos desordenados da taxa de câmbio".
No entanto, sob a gestão de Roberto Campos Neto - indicado ao cargo por Jair Bolsonaro (PL) -, o Banco Central age para sabotar o governo Lula e não atua no controle do dólar, favorecendo a alta da inflação - que até o momento está controlada - para justificar a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 10,5%, o que favorece o rentismo e o mercado financeiro e enfraquece o governo.
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