Mercadante participa de anúncio de financiamento para estradas no Paraná e critica “governadores prisioneiros da polarização”
"O presidente Lula segue republicano e trabalhando sempre em parceria, porque o Brasil pode fazer muito mais”, afirmou o presidente do BNDES
247 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, participou nesta quarta-feira (29) do anúncio do financiamento de R$ 6,4 bilhões para modernização de rodovias no Paraná. Durante o evento, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Mercadante criticou governadores que, segundo ele, deixam de reconhecer parcerias federais devido à polarização política.
“O BNDES vai cobrar cada vez mais isso: entregar e exigir o reconhecimento e a parceria. Às vezes é difícil para alguns governadores prisioneiros da polarização, que não reconhecem, mas o presidente Lula segue republicano e trabalhando sempre em parceria, porque o Brasil pode fazer muito mais”, afirmou o presidente do banco.
Maior volume de recursos para rodovias da história do BNDES - De acordo com Mercadante, o BNDES está promovendo investimentos recordes em infraestrutura de transportes. “Nunca antes na história do BNDES, em 72 anos, liberamos tantos recursos para o transporte rodoviário. Em 2024, aprovamos R$ 23 bilhões, é o maior volume da história, mais um grande recorde do governo Lula”, disse.
Ele destacou ainda que 65% da estrutura de transportes do país ainda é rodoviária e que os investimentos também visam melhorar a produtividade e a segurança viária. “O presidente Lula está trazendo o Brasil de volta aos trilhos e vai empurrar cada vez mais o transporte ferroviário, mas 65% ainda é modal rodoviário”, pontuou.
Financiamento inovador e impacto logístico - O financiamento à concessionária EPR Litoral Pioneiro, responsável por administrar 605 quilômetros de rodovias no estado, será realizado com um modelo inovador, similar ao adotado na concessão da Rodovia Presidente Dutra. Segundo Mercadante, R$ 5,6 bilhões serão captados via emissão de debêntures, enquanto o BNDES aportará R$ 829 milhões em financiamento direto.
“Todo esse investimento — R$ 6,38 bilhões de financiamento — não vai ficar no balanço da EPR, mas no próprio projeto. O recebível do pedágio dá garantia ao financiamento, permitindo que a empresa dispute novos leilões e gere mais investimentos”, explicou.
As obras beneficiarão diretamente a logística de exportação ao Porto de Paranaguá, um dos principais corredores de escoamento da produção de grãos do Brasil. “Essa nova estrutura vai aumentar a produtividade e a eficiência de um porto que desagua não só a produção do Paraná, mas também do Mato Grosso do Sul, do Mato Grosso e de Goiás”, destacou Mercadante.
Obras e modernização da infraestrutura - As melhorias fazem parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e preveem a duplicacão de mais de 350 quilômetros de pistas, a ampliação de 138 quilômetros de faixas adicionais e a implementação de 73 quilômetros de vias marginais. A tarifa média do pedágio será 31% menor que a praticada nas concessões anteriores.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, ressaltou que a redução de custos logísticos é um dos principais objetivos do projeto. “Esse anúncio representa a união de esforços que estamos promovendo, captando investimentos privados e garantindo apoio público a iniciativas de infraestrutura”, disse.
A concessão prevê ainda a implantação de um sistema moderno, com iluminação LED, Wi-Fi, câmeras de vigilância e postos de atendimento aos caminhoneiros. Durante os 30 anos de concessão, os investimentos totais chegam a R$16 bilhões, sendo R$10,5 bilhões destinados à expansão e melhorias e R$5,5 bilhões para manutenção das rodovias.
Impacto econômico e social - O projeto também terá um impacto econômico significativo, com a geração de 105 mil empregos diretos e indiretos, sendo 43 mil nos primeiros cinco anos.
Mercadante ressaltou que o modelo adotado para financiamento do projeto foi premiado internacionalmente pela sua inovação. “Vamos ganhar um prêmio em Nova York pelo financiamento da Dutra, que foi a maior debênture de infraestrutura da história do Brasil. Esse modelo está revolucionando a capacidade de investimento do país”, afirmou.
A Serra do Mar, um dos trechos mais críticos da BR-277, também será modernizada, garantindo mais segurança e fluidez ao tráfego. “A concessão moderniza o corredor logístico do Porto de Paranaguá e promove o desenvolvimento do litoral e das regiões de Campos Gerais e Norte Pioneiro”, afirmou José Carlos Cassaniga, diretor-presidente da EPR.
Com a execução deste pacote de investimentos, o governo espera melhorar a eficiência da infraestrutura rodoviária do Paraná, reduzir custos logísticos e aumentar a segurança viária, consolidando a região como um dos principais polos de escoamento da produção nacional.
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