Mercadante responde Bolsonaro e diz que lucro do BNDES no seu governo vinha da venda do patrimônio do banco
Presidente do BNDES destacou a volta dos investimentos e criticou o desmonte promovido pela gestão passada
247 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), Aloizio Mercadante, respondeu às declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o lucro do banco durante sua gestão, informa a Folha de S.Paulo. Segundo Mercadante, os resultados obtidos pela instituição no governo anterior eram resultado da venda de seu patrimônio. "É preciso deixar claro que, diferente da gestão anterior, o atual lucro do BNDES se deve basicamente à intermediação financeira, principal atividade de um banco de fomento, o que alavanca os investimentos e gera emprego e renda em nosso país", disse.
"No passado, o lucro líquido do BNDES, celebrado por alguns que não têm nada mais a apresentar, estava relacionado à venda de patrimônio do Banco. A opção da atual gestão de manter a carteira de investimentos do BNDES resultou no recebimento de R$ 12,9 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio, em razão da valoração de 32% da carteira desde o fim da gestão anterior", completou.
Mercadante também citou outros resultados positivos alcançados em sua gestão. O BNDES teve aumento de 204% nas aprovações de crédito para a agropecuária no primeiro semestre, de 157% para a indústria, de 90% para comércios e serviços e de 66% para infraestrutura, em relação ao primeiro semestre de 2022. Ele afirmou que, quando assumiu o cargo, o banco de fomento estava com funding e liquidez comprometidos. "A carteira do Banco no início da gestão anterior era de R$ 514 bilhões. Ao final, era de R$ 479 bilhões, uma queda nominal de 7%", disse.
Mais cedo, Bolsonaro publicou em suas redes que, durante o seu governo, o BNDES teve lucro e recorde histórico de R$ 12,5 bilhões, "subindo 46,2% frente aos R$ 8,6 bilhões de 2021". "Hoje, com a volta do sistema, as prioridades que sempre foram outros países, usualmente ditaduras socialistas ideologicamente ligadas ao PT, por um projeto de manutenção no poder, além de não pagarem as dívidas feitas com o dinheiro do aumento de impostos e taxas do povo brasileiro, retorna-se novamente a seu ritmo 'democrático pujante e inabalável' da era PT/ Social Democracia", escreveu Bolsonaro.
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