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    Otimismo bolsonarista desmorona após atentado de Tiu França e operação da PF

    Projeto de anistia enfrenta rejeição enquanto investigações expõem ligações com atos golpistas e ameaças a líderes políticos

    Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista, São Paulo-SP, 7 de setembro de 2024 (Foto: Reuters)

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    247 - Dois eventos ocorridos em uma única semana balançaram as estruturas do bolsonarismo e enfraqueceram o movimento liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O UOL destacou que o atentado a bomba na frente do Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (12), e uma operação da Polícia Federal (PF), que revelou planos para assassinar líderes políticos como Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, mudaram o cenário político e praticamente sepultaram o PL da anistia.

    O que está em jogo

    O projeto de lei da anistia, em tramitação na Câmara dos Deputados, tem sido visto como uma peça-chave para o futuro político de Bolsonaro. A proposta visa livrar os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de condenações, e, de forma estratégica, abrir caminho para que o ex-presidente possa disputar as eleições presidenciais de 2026. Embora Bolsonaro negue interesse direto no projeto, analistas políticos e figuras em Brasília mantêm ceticismo.

    Gilson Machado, ex-ministro da gestão Bolsonaro, foi claro sobre a importância da medida para o grupo político: "A devolução dos direitos políticos do ex-presidente é prioridade para eles."

    Até a semana passada, aliados de Bolsonaro pressionavam pela aprovação do PL da anistia, embalados pela vitória de Donald Trump nos Estados Unidos e pelo desempenho da direita nas eleições municipais. Porém, os recentes episódios fizeram ruir o clima favorável ao projeto.

    Uma semana decisiva

    A rejeição ao projeto ganhou força após dois episódios de grande impacto:

    1. Atentado no STF: Na terça-feira da semana passada, uma bomba explodiu em frente ao Supremo, reacendendo o temor de atos violentos associados ao extremismo político.
    2. Operação da PF: Na terça-feira (19), a Polícia Federal revelou planos golpistas que incluíam assassinatos de líderes do Executivo e do Judiciário, como Lula, Alckmin e Moraes, em um enredo que expõe a radicalização de alguns grupos bolsonaristas.

    Esses eventos fortaleceram a percepção de que o flerte do ex-presidente com o golpismo continua alimentando riscos à democracia e atos de violência.

    Clima desfavorável

    As consequências foram imediatas: a tramitação do PL da anistia perdeu força, com pouca disposição entre os parlamentares para defender a proposta publicamente. Militantes, que antes articulavam apoio em redes sociais e grupos de WhatsApp, agora enfrentam um cenário de desmobilização.

    A ideia de que a ameaça à democracia estava superada foi duramente contestada pelos fatos recentes. “Hoje, não existe clima para o PL da anistia ser aprovado”, afirmou uma fonte ouvida pela reportagem.

    Futuro político em xeque

    O desmoronamento do otimismo bolsonarista expõe a fragilidade do movimento diante de investigações e da rejeição popular a ações que colocam a estabilidade democrática em risco. Sem o PL da anistia e com a escalada de denúncias envolvendo aliados, Bolsonaro e seu grupo político enfrentam um cenário incerto, tanto no curto quanto no longo prazo.

    O impacto desses acontecimentos reforça a importância de manter vigilância sobre o fortalecimento das instituições democráticas e a rejeição a medidas que possam alimentar a impunidade ou dar margem a atos de violência política.

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