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    PF e Exército manterão salários de servidores presos em operação que apura a 'Abin paralela' do governo Bolsonaro

    Servidores trabalharam na Abin e são acusados de participar de um esquema de monitoramento ilegal de autoridades e adversários do governo Bolsonaro

    (Foto: Antonio Cruz/Ag. Brasil)

    247 - A Polícia Federal (PF) e o Exército Brasileiro decidiram manter os salários de dois servidores presos e afastados de suas funções públicas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao suposto envolvimento no caso da “Abin paralela” do governo Jair Bolsonaro (PL), informa o jornalista Igor Gadelha em sua coluna no Metrópoles. Em decisão datada de 9 de julho, o ministro do STF Alexandre de Moraes ordenou a prisão preventiva e a suspensão imediata do exercício dos cargos públicos do policial federal Marcelo Bormevet e do subtenente Giancarlo Gomes.

    Ambos os servidores trabalharam na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Alexandre Ramagem e são acusados de participar de um esquema de monitoramento ilegal de autoridades e adversários políticos do governo Bolsonaro.

    Apesar da prisão e afastamento, tanto a PF quanto o Exército confirmaram à imprensa que manterão os salários de Marcelo e Giancarlo. O Exército justificou que o corte do soldo só ocorre em casos de desligamento da Força. O órgão também informou que Giancarlo já estava afastado das atividades antes da decisão do STF, para tratamento de saúde. Como subtenente, ele recebe um salário bruto de R$ 13,6 mil, que, após os descontos, resulta em cerca de R$ 9,5 mil, conforme dados do Portal da Transparência.

    O subtenente Giancarlo Gomes foi preso nesta quinta-feira (11) pela Polícia Federal em Salvador, onde estava lotado. Ele prestou depoimento à PF e foi encaminhado para cumprir a prisão preventiva no 6º Batalhão de Polícia do Exército, na capital baiana.

    Os casos de Marcelo Bormevet e Giancarlo Gomes lembram os de Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça, que também continuam recebendo seus salários mesmo após terem sido afastados de suas funções públicas por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

    A quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira (11) pela Polícia Federal (PF) , visa apurar um esquema de monitoramento ilegal de opositores e críticos do governo Jair Bolsonaro (PL) por meio de uma 'Abin paralela'. os agentes cumpriram sete mandados de busca e apreensão e outros cinco de prisão.

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