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    PF liga militares aos atos golpistas de 8/1 e aponta elo com o governo Bolsonaro

    PF considera a operação Contragolpe como uma das mais importantes para ligar os atos golpistas a setores das Forças Armadas e figuras próximas a Bolsonaro

    Jair Bolsonaro e atos golpistas de 8 de Janeiro (Foto: REUTERS)

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    247 - A Polícia Federal (PF) fechou a conexão entre militares próximos ao governo Jair Bolsonaro (PL) aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Segundo a coluna do jornalista Valdo Cruz, do g1, a operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19), é considerada uma das mais significativas para expor os vínculos entre os responsáveis por planejar uma intervenção militar e tumultuar a transição de poder para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    De acordo com os investigadores, o trabalho busca desmantelar as redes que, na visão da PF, orquestraram ações golpistas durante a invasão aos Três Poderes, incluindo planos extremos de prender e assassinar figuras como Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.

    Entre os alvos da operação, estão cinco suspeitos, incluindo quatro militares pertencentes a uma unidade de elite do Exército, conhecida como “kids pretos”, além de um policial federal. As investigações avançaram após a análise de informações recuperadas de dispositivos eletrônicos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, apontaram a participação do grupo em treinamentos e ações para liderar os golpistas durante a invasão.

    Os dados indicam que esses homens, camuflados e equipados com balaclavas e luvas, demonstraram treinamento especial e assumiram a linha de frente nos ataques golpistas de 8 de janeiro do ano passado. Após os atos, desapareceram da Esplanada dos Ministérios, reforçando as suspeitas de atuação coordenada.

    Entre os detidos está o general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria Geral da Presidência da República entre 2020 e 2023 e, posteriormente, assessor do deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro. As investigações indicam que Fernandes mantinha um canal direto com o general Braga Netto, que ocupou altos cargos no governo Bolsonaro e foi seu candidato a vice-presidente em 2022.

    Ainda de acordo com a reportagem, as Forças Armadas já aguardavam a operação e avaliaram a ação como necessária para identificar os militares que flertaram com a ideia de um golpe de EStado. Internamente, a PF vê a operação Contragolpe como uma das mais importantes para vincular os atos golpistas a setores específicos das Forças Armadas e figuras próximas a Jair Bolsonaro.

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