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    PF tem material consistente e pode causar estragos para Gustavo Gayer, admitem bolsonaristas

    Aliados de Bolsonaro tentam contato com STF para avaliar possíveis consequências da operação

    Gustavo Gayer (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

    247 - Diante da recente operação da Polícia Federal (PF) que investiga o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) por suposto desvio de verbas parlamentares, aliados de Jair Bolsonaro (PL) têm buscado informações no Supremo Tribunal Federal (STF) para entender a real extensão dos problemas enfrentados pelo parlamentar. Segundo Bela Megale, do jornal O Globo, a operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes e, publicamente, o PL e seus líderes ainda tentam transformar o episódio em mais um exemplo do suposto "autoritarismo" do STF. Mas nos bastidores há uma crescente apreensão sobre o impacto das evidências reunidas.

    A PF realizou buscas em endereços ligados ao deputado, que é acusado de manter uma escola de inglês e uma loja de roupas com recursos da Câmara dos Deputados. A investigação também inclui mensagens interceptadas, nas quais um empresário próximo ao deputado alega ter alertado Gayer sobre o uso irregular das verbas. A operação está fundamentada em um extenso material coletado pela PF, e as evidências levantadas são consideradas robustas, o que, na avaliação de alguns bolsonaristas, pode prejudicar não apenas a imagem de Gayer, mas também a de figuras próximas.

    A operação ocorre em um momento delicado para Bolsonaro, que acompanha de perto as eleições em Goiânia, onde Gayer e o ex-presidente optaram por apoiar o candidato Fred Rodrigues (PL) à prefeitura. A proximidade entre Bolsonaro e Gayer é conhecida desde a última campanha eleitoral, quando Bolsonaro optou por concentrar as forças do deputado no Congresso, evitando que ele disputasse o Executivo de Goiânia. A presença de Bolsonaro no segundo turno ao lado de Gayer e Rodrigues está confirmada, o que aumenta o risco de desgaste com o episódio.

    Apesar da operação, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) dobrou a aposta, intensificando os apelos de voto para o candidato do partido e buscando mobilizar a base em resposta ao episódio. No entanto, entre aliados, há o reconhecimento de que a consistência do material levantado pela PF pode afetar significativamente a relação com o eleitorado, lançando uma sombra sobre a campanha e, potencialmente, sobre os planos de Bolsonaro de manter Gayer como um de seus principais defensores no Congresso. A estratégia de defesa pública se mantém focada em questionar o STF, mas o futuro da operação e as ações do tribunal ainda são incertezas que preocupam a base bolsonarista.

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