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    Planalto prepara ofensiva digital contra extrema-direita

    Em discurso na semana passada, Lula reconheceu falhas na comunicação do governo

    Presidente Luiz Inácio Lula da Silva 26/11/2024 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

    247 - Assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estão intensificando a articulação de uma ofensiva digital nas redes sociais para conter o avanço da extrema-direita após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, informa o g1. Uma das apostas será a conclusão de uma nova licitação para contratar empresas de comunicação digital.

    Na avaliação do Planalto, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) não tem funcionários, recursos e estrutura suficientes para fazer frente ao poder da extrema-direita e, por isso, é necessário contratar empresas do ramo. Uma licitação para contratar quatro empresas, a um custo de R$ 197 milhões por ano, foi concluída no meio do ano, mas teve de ser suspensa após o Tribunal de Contas da União identificar possíveis irregularidades.

    Em discurso na última sexta-feira (6), Lula demonstrou insatisfação com a não conclusão da licitação e reconheceu que o governo não está se comunicando bem e que fará os ajustes necessários na área. Neste momento, a nova licitação está sob análise da Consultoria Jurídica da Secom.

    Marqueteiro deve entrar no governo - O publicitário Sidônio Palmeira é cotado para entrar o governo. No entanto, ainda não está definido qual será o papel do profissional, já que ele pode assumir a Secom ou ampliar sua presença no Planalto, reeditando a parceria de Lula com os marqueteiros Duda Mendonça e João Santana nos seus primeiros mandatos.

    Já o atual ministro da Secom, Paulo Pimenta (PT), deve assumir outro cargo palaciano, como a Secretaria-Geral, ou como líder do governo na Câmara ou no Congresso. Ele deve ser candidato ao Senado em 2026 pelo Rio Grande do Sul, e deve continuar próximo a Lula.

    Comunicação x Política - Na avaliação de integrantes da Secom, os problemas enfrentados pelo governo são mais de ordem política, e não de comunicação. De acordo com essa visão, falta coordenação e estratégia política, o que acaba afetando a comunicação do Planalto. Sidônio concorda em parte com essa avaliação, já que acredita que comunicação, política e gestão foram um tripé inseparável.


    Adaptação de Lula ao digital - Segundo assessores, a melhora na comunicação precisa passar por uma mudança na postura do próprio presidente. O entendimento é de que Lula ainda tem pouco conhecimento sobre o ambiente digital, apesar de ser um comunicador nato.  O diagnóstico é que hoje a comunicação nas redes é construída em torno de aspectos muito pessoais do político.

    Outra estratégia que deve ganhar força nos próximos meses é a presença de Lula na imprensa. A tendência é de que o presidente apareça mais e utilize com mais frequência pronunciamentos em cadeia nacional.

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