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    Plano golpista e trama para assassinar Lula, Alckmin e Moraes foi impresso no Palácio do Planalto

    Material foi impresso no dia 9 de novembro de 2022 pelo general Mário Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência

    Jair Bolsonaro (Foto: José Cruz/Agência Brasil | Divulgação)

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    247 - A investigação da Polícia Federal, que resultou na prisão de militares nesta terça-feira (19) por tramarem um golpe de Estado e a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PF), do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, aponta que o esquema teria sido elaborado e documentado por Mário Fernandes, general da reserva, dentro do Palácio do Planalto, após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. 

    Segundo a coluna da jornalista Daniela Lima, do g1, a PF aponta que o relatório que embasou a decisão do Supremo Tribunal Federal, o documento intitulado "Punhal verde-amarelo" foi impresso no dia 9 de novembro de 2022 por Mário Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência. 

    A impressão ocorreu enquanto os celulares de outros investigados, como o do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Rafael Martins de Oliveira, o “Joe”, estavam conectados a redes de comunicação do Palácio do Planalto.

    Segundo a PF, o plano previa ações clandestinas e violentas, incluindo a prisão e execução de Alexandre de Moraes e o assassinato de Lula e Alckmin, que na época eram os mandatários eleitos do Brasil. "Conforme exposto, fica evidenciado que no dia 6 de dezembro de 2022, às 18h09, Mário Fernandes imprimiu o documento 'Plj.docx', possivelmente relacionado ao planejamento operacional para a execução das ações", detalha o relatório.

    A investigação também aponta que, no período em que o plano foi elaborado, Jair Bolsonaro, então presidente da República, estava no Palácio do Planalto, assim como Mauro Cid e Rafael de Oliveira. Este último, integrante da Força Especial do Exército, teria participado da chamada "Operação Copa 2022", que seria o momento de execução do plano.

    De acordo com a PF, no dia 15 de dezembro de 2022, havia a previsão de uma tentativa de prender e executar Alexandre de Moraes. "A operação clandestina foi planejada e articulada em ambientes oficiais do governo federal, o que reforça a gravidade do caso", afirmou um dos investigadores.

    As novas revelações aprofundam a crise em torno do governo de Jair Bolsonaro, que já enfrenta investigações por diversas acusações, incluindo fraude em documentos e envolvimento em atos golpistas. A possível participação direta ou indireta do ex-mandatário no plano é agora uma das principais linhas de apuração da Polícia Federal. "Os detalhes indicam um atentado direto ao Estado Democrático de Direito, configurando crimes de altíssima gravidade", conclui o relatório da PF.

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