'Presidente do BC não é técnico, é político, e atua para sabotar o governo Lula', diz Gleisi
"Que outro presidente de Banco Central fica em convescotes, jantares, conversas e homenagens com políticos de oposição e com o 'mercado' como ele fica?", questionou
247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais para afirmar que a participação do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em um jantar com políticos de oposição e representantes do mercado financeiro comprovam que “ele não tem nada de técnico, é político”, e que atua para “sabotar” o governo do presidente Lula (PT) por meio da manutenção do alto patamar da taxa básica de juros (Selic).
“Campos Neto faz política. Que outro presidente de Banco Central fica em convescotes, jantares, conversas e homenagens com políticos de oposição e com o 'mercado' como ele fica? Ele não tem nada de técnico, é político. Olhem o comportamento do Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, ou da Christine Lagarde, presidenta do Banco Central Europeu. Isso não acontece em lugar nenhum do mundo”, postou Gleisi no X, antigo Twitter.
“Depois de obrigar o país a pagar R$ 800 bilhões em juros da dívida em 12 meses, Roberto Campos Neto jantou com Tarcísio Freitas no Palácio Bandeirantes. Foi à festa dos bolsonaristas para comemorar o prejuízo causado à economia e à população. É assim que planejam voltar ao governo em 2026: sabotando o governo Lula com o veneno dos juros, tocando o terror no mercado e mentindo muito, como ensina Bolsonaro, o chefe de todos eles”, completou.
Campos Neto é visto como um proponente de políticas monetárias conservadoras, incluindo manter taxas de juros altas para supostamente controlar a inflação. O PT e outros críticos argumentam que essas taxas altas prejudicam o crescimento econômico e elevam o custo do crédito, impactando negativamente investimentos e consumo.
A autonomia do Banco Central, formalizada em lei durante o governo Bolsonaro, é outro ponto de controvérsia. O PT teme que essa autonomia limite a capacidade do governo de implementar políticas econômicas mais expansivas, que poderiam, na visão do partido, estimular o crescimento e reduzir a desigualdade. Eles argumentam que a autonomia pode fazer com que o Banco Central priorize o controle da inflação em detrimento de outros objetivos econômicos, como o emprego e o crescimento. Além disso, o Brasil tem gasto R$ 800 bilhões ao ano com o serviço da dívida.
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