HOME > Economia

Campos Neto diz que autonomia do BC "ainda não está completa", ao receber homenagem

Presidente do Banco Central foi homenageado pela Assembleia Legislativa de São Paulo

Roberto Campos Neto. Foto: Adriano Machado/Reuters

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 – Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, foi homenageado com o colar de honra ao mérito pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) nesta segunda-feira (10). Durante o evento, Campos Neto destacou os desafios enfrentados durante seu mandato, com ênfase na autonomia do Banco Central, que, segundo ele, "ainda não está completa", segundo reportagem do Valor.

O presidente do BC avaliou sua gestão apontando a criação do pix e a resposta à pandemia como marcos importantes, mas ressaltou que a autonomia da instituição continua sendo um tema central e controverso, especialmente sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A solenidade contou com a presença de líderes do mercado financeiro, ex-governadores e outras autoridades. A homenagem ocorreu antes de um jantar no Palácio dos Bandeirantes, organizado pelo governador Tarcísio de Freitas. O evento reuniu principalmente apoiadores da direita, embora representantes de diversos espectros políticos tenham sido convidados.

Campos Neto, que assumiu a presidência do Banco Central em março de 2019 após indicação do então presidente Jair Bolsonaro, salientou a importância da autonomia, que se tornou lei no início de 2021. Seu mandato termina em 31 de dezembro deste ano, quando um sucessor indicado pelo presidente Lula, sujeito à aprovação do Senado, assumirá o cargo, possivelmente realinhando as políticas do Banco Central com as do atual governo.

O Partido dos Trabalhadores critica Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, principalmente devido a divergências em relação à política monetária e à autonomia do Banco Central. Aqui estão alguns motivos específicos para essas críticas:

Campos Neto é visto como um proponente de políticas monetárias conservadoras, incluindo manter taxas de juros altas para controlar a inflação. O PT e outros críticos argumentam que essas taxas altas prejudicam o crescimento econômico e elevam o custo do crédito, impactando negativamente investimentos e consumo.

A autonomia do Banco Central, formalizada em lei durante o governo Bolsonaro, é outro ponto de controvérsia. O PT teme que essa autonomia limite a capacidade do governo de implementar políticas econômicas mais expansivas, que poderiam, na visão do partido, estimular o crescimento e reduzir a desigualdade. Eles argumentam que a autonomia pode fazer com que o Banco Central priorize o controle da inflação em detrimento de outros objetivos econômicos, como o emprego e o crescimento. Além disso, o Brasil tem gasto R$ 800 bilhões ao ano com o serviço da dívida.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Relacionados