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    Presidente do PL, Valdemar Costa Neto deve ser indiciado no 'inquérito do golpe'

    PF aponta líder do PL como peça-chave no esquema que questionou as eleições e inflamou tensões sobre suposta fraude no sistema eleitoral

    O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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    247 - O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deve ser indiciado pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado com o objetivo de impedir a posse do presidente Lula (PT). Segundo apuração de Bela Megale, do jornal O Globo, a PF identificou que Valdemar desempenhou um papel ativo na estratégia de questionamento da lisura do processo eleitoral ao solicitar, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a invalidação dos votos de mais de 250 mil urnas no segundo turno das eleições de 2022. Esse pedido teria sido um dos fatores que intensificou as suspeitas de fraude entre apoiadores, criando um ambiente de descrença que contribuiu para o planejamento de ações radicais.

    Para os investigadores, a ação do PL não só lançou dúvidas sobre a transparência das eleições, mas também impulsionou a crença infundada em irregularidades, o que desencadeou uma escalada de reações antidemocráticas no país. Valdemar se destacou como um dos principais fiadores desse movimento, relatam fontes da investigação, que apontam seu papel como central para mobilizar uma parte da população convencida de que o sistema eleitoral brasileiro estava comprometido. 

    Ainda conforme o relatório da PF, Jair Bolsonaro (PL) é o principal alvo das apurações, visto como a peça central nas articulações para impedir a posse do então presidente eleito. Valdemar Costa Neto, que chegou a ser alvo de busca e apreensão e foi preso em flagrante em fevereiro deste ano por posse ilegal de arma de fogo, permanece proibido de ter contato com Bolsonaro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

    A conclusão do inquérito, prevista para este mês, deve trazer à tona os desdobramentos e o grau de envolvimento das lideranças do PL e de outros aliados de Bolsonaro nas tentativas de desestabilização da democracia.

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