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    “Prisão de Braga Netto até demorou e agora é preciso evitar a fuga dos demais golpistas", diz Jandira Feghali

    Deputada do PCdoB afirma que o general golpista poderia ter sido preso antes

    (Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 – A prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL) e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de 2022, marcou um novo capítulo nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil. Braga Netto foi detido pela Polícia Federal na manhã deste sábado (14), em sua residência no Rio de Janeiro, e está custodiado no Comando Militar do Leste. A operação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), também incluiu buscas e apreensões em endereços associados ao militar.

    A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) avaliou a prisão como tardia e cobrou monitoramento rigoroso sobre os demais envolvidos no golpe. “A prisão de Braga Netto até demorou. Ele já poderia ter sido preso antes, quando outros militares foram presos antes, na Operação Punhal Verde e Amarelo”, afirmou. Segundo a parlamentar, o general desempenhou um papel central no planejamento golpista: “Ele estava no centro da articulação golpista”.

    Braga Netto e o núcleo golpista

    Feghali também apontou outros nomes ligados ao esquema, incluindo o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. “O general Augusto Heleno é outro que estava totalmente comprometido com esse processo golpista, assim como Jair Bolsonaro. Ele está totalmente envolvido em tudo isso”, declarou a deputada.

    De acordo com Feghali, é necessário que as investigações avancem para atingir todos os integrantes do núcleo conspiratório. A parlamentar destacou a necessidade de uma vigilância maior para evitar a fuga dos investigados: “Eu também tenho preocupação com fuga dos golpistas. Todos eles devem ser monitorados de perto”.

    A operação e o papel do STF

    Em nota, a Polícia Federal explicou que a operação foi motivada pela tentativa de obstrução das investigações por parte dos envolvidos no golpe, o que justificou a prisão preventiva. Além disso, as medidas judiciais buscam evitar a reiteração das ações ilícitas.

    Braga Netto, que foi um dos principais articuladores militares do governo Bolsonaro, é acusado de desempenhar um papel estratégico na tentativa de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o resultado das eleições de 2022. A detenção do general foi autorizada no âmbito de uma investigação ampla conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF.

    Preocupação com a fuga e próximos passos

    Para Jandira Feghali, a prisão de Braga Netto é apenas o início de um processo que deve alcançar outras figuras do alto escalão. “Agora é preciso evitar que esses golpistas escapem da Justiça. É inaceitável que tentem fugir ou manipular provas para impedir que a verdade venha à tona”, alertou.

    A deputada destacou que o momento exige firmeza das instituições brasileiras para consolidar o Estado Democrático de Direito: “Estamos lidando com pessoas que atentaram contra a democracia e não podem sair impunes. É fundamental que todos sejam responsabilizados”.

    A prisão de Braga Netto intensifica a pressão sobre outros envolvidos na tentativa de golpe e reforça o compromisso das autoridades brasileiras em garantir que os responsáveis sejam devidamente julgados e punidos. O caso continua em investigação, e a expectativa é de que novos desdobramentos aconteçam nas próximas semanas. Assista:

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