Quem era o motorista de aplicativo que faleceu após ser atingido por disparo durante ataque no aeroporto de Guarulhos
O velório e o sepultamento de Celso estão programados para este domingo (10), no Cemitério da Vila Rio, em Guarulhos
247- O motorista de aplicativo Celso Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, morreu neste sábado (9) em decorrência dos ferimentos causados por um disparo durante um ataque no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A vítima estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Guarulhos desde sexta-feira (8), quando foi atingido nas costas por um tiro de fuzil, durante a execução do delator Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, morto no local. A informação foi confirmada pela CNN, que também apurou que o corpo de Sampaio foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Guarulhos e aguarda a retirada por seus familiares.
De acordo com relatos de pessoas próximas à vítima, Celso havia finalizado uma corrida no aeroporto e se preparava para deixar o terminal quando foi atingido pelos disparos. Durante sua internação, os médicos realizaram uma cirurgia de emergência, mas Celso perdeu um rim e metade do fígado devido ao impacto do fuzil. Ele perdeu muito sangue antes de ser intubado, mas, infelizmente, não resistiu aos ferimentos. “Ele era um homem de família, muito querido pelos amigos e pela comunidade. A tragédia atingiu não só a ele, mas a todos que o amavam”, disse um amigo da vítima, que preferiu não se identificar.
Além de Sampaio, outras duas pessoas ficaram feridas no tiroteio: um homem de 39 anos, que também foi hospitalizado, e uma mulher de 28 anos, que recebeu atendimento médico e foi liberada em seguida. Ela foi ouvida pelos policiais no local. A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana (DHPP), investiga o caso e apura que, ao menos, 27 disparos foram efetuados por dois criminosos durante o ataque.
O velório e o sepultamento de Celso estão programados para este domingo (10), no Cemitério da Vila Rio, em Guarulhos. Ele deixa a esposa e três filhos, de 18, 12 e 3 anos, sendo o único provedor da família. Para arcar com as despesas do funeral, amigos e familiares organizaram uma “vaquinha”.
O atentado que vitimou Celso está diretamente ligado à execução de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator com supostas ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Gritzbach havia acabado de chegar ao aeroporto e seria recebido por seu filho e um grupo de seguranças, que incluía policiais militares. Entretanto, um dos carros da escolta apresentou problemas mecânicos, e apenas um segurança estava presente no momento do atentado. O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que apreendeu os celulares da vítima e de seus acompanhantes, incluindo a namorada de Gritzbach, para entender melhor as circunstâncias que cercam o atentado.
As corregedorias da Polícia Militar e da Polícia Civil apuram a atuação dos policiais militares que integravam a escolta do empresário. Eles foram afastados de suas funções operacionais durante as investigações e permanecem em expediente administrativo. A Polícia Militar também iniciou uma apuração sobre a possibilidade de falha na proteção da vítima.
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